Assim, o  Brasil  ultrapassou a Grã-Bretanha e garantiu a sexta posição no ranking dos maiores mercados automobilisticos do mundo.

Para 2025, a projeção é ainda mais otimista: 2,6 milhões de unidades serão comercializadas.  

O crescimento expressivo reflete a retoma do setor após anos de desafios económicos e a entrada de investimentos bilionários. Grandes montadoras, incluindo chinesas como BYD e GWM, estão a ampliar as suas operações no Brasil.

A BYD, por exemplo, transformou a antiga fábrica da Ford, em Camaçari (BA), no maior centro de produção da montadora fora da China.

O projeto, que mobilizou R$ 3 biliões e 10 mil trabalhadores, deve começar a produzir seus primeiros veículos nos próximos meses.  

Já a GWM, com R$ 4 biliões de investimento, prepara-se  para iniciar a produção em 2025 na fábrica de Iracemápolis (SP), antes ocupada pela Mercedes-Benz. “Com a fábrica, podemos desenvolver produtos regionais, algo que é um dos nossos principais objetivos”, destacou Ricardo Bastos, diretor de assuntos institucionais da montadora.  

Apesar da forte presença chinesa, empresas europeias, japonesas e americanas também intensificaram suas apostas no mercado brasileiro.

Até 2033, o setor automobilistico prevê investimentos de R$ 125 biliões, o maior volume já registrado.

Parte desses recursos será destinada ao programa Mover, que incentiva a produção de veículos híbridos e elétricos, além de promover eficiência energética.  

O consultor Milad Kalume Neto ressalta a relevância do momento: “Esses biliões em investimentos serão direcionados à modernização das fábricas, com foco na redução das emissões de carbono e no desenvolvimento de motores híbridos flex”.

A expectativa é que, até 2030, metade das vendas de veículos novos no Brasil seja composta por modelos elétricos e híbridos.  

A política protecionista do governo americano de Trump, que assume em janeiro de 2025, também deve beneficiar o Brasil. A supertaxação de veículos chineses nos Estados Unidos pode intensificar o interesse das montadoras asiáticas pelo mercado brasileiro como alternativa estratégica.  

Com o setor automobilistico em franca expansão e investimentos recordes, o Brasil está não apenas a recuperar a sua relevância no mercado global, mas também a liderar a transição para uma mobilidade mais limpa e eficiente.

As projeções para 2025 confirmam um futuro promissor, marcado por inovação, sustentabilidade e crescimento contínuo.  

 

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