Esse comércio é feito contando com mais de 100 mil navios comerciais que navegam diariamente nas águas internacionais.
Pois bem o Conselho de Segurança da ONU reuniu, ontem segunda-feira, 11.08, para debater a vulnerabilidade dessas rotas diante das crescentes tensões geopolíticas e atividades criminosas.
O secretário-geral da OMI, Organização Marítima Internacional, Arsenio Domínguez, acentuou que a segurança marítima é fundamental para a estabilidade econômica e denunciou que só em 2024, foram registrados quase 150 incidentes de pirataria e assalto à mão armada a navios.
Os maiores números ocorreram no Estreito de Málaca e Singapura, no Oceano Índico e na África Ocidental.
Disse Domínguez, que essas violações “colocam em risco embarcações e cargas, a vida dos marinheiros e a integridade do comércio global”.
O líder da OMI lembrou ainda os ataques ilegais na região do Mar Vermelho que violam o direito internacional e a liberdade de navegação.
Dominguez acentuou desafios adicionais para o setor como os ataques cibernéticos, o tráfico de drogas e atividades fraudulentas que ameaçam a segurança dos navios.
Terá de haver uma resposta coletiva a estar enraizada na prevenção, vigilância constante, inovação e cooperação, tanto regional como internacional.
Este dirigente afirmou tambem que as tecnologias emergentes, como sistemas de vigilância baseados em inteligência artificial e monitoramento por satélite, podem ajudar a antecipar e eliminar ameaças.
No entanto, a digitalização do transporte marítimo e a transição para embarcações autônomas “ressaltam a urgência de uma governança robusta em segurança cibernética”.
O responsavel da OMI reiterou o apoio da agência aos países para desenvolver e aprimorar capacidades de resposta a incidentes de poluição marítima, incluindo vazamentos de petróleo.
Outras iniciativas ambientais incluem descarbonização do transporte marítimo, combate à poluição por plásticos e redução do ruído subaquático das embarcações, para preservar ecossistemas marinhos.