Diz a agência estatal Xinhua, segunfo o  porta-voz da Administração Geral das Alfândegas da China, Lyu Daliang, que declarou nesta segunda-feira, 14.04, que “o céu não vai cair”, apesar das medidas tarifárias adotadas por Washington, relata o The Guardian.

Nos últimos anos, Pequim diversificou seus parceiros comerciais e reforçou sua estratégia de estímulo à procura doméstica.

“Esses esforços não apenas sustentaram o desenvolvimento de nossos parceiros, como também fortaleceram nossa própria resiliência”, afirmou Lyu. Ele destacou ainda o papel do “vasto mercado interno” chinês como ferramenta para conter os efeitos das tensões comerciais externas.

A tensão no comércio internacional aumentou desde 2 de abril, quando Trump anunciou tarifas sobre produtos de todos os países e em resposta, a RPChina aplicou taxas de até 125% sobre produtos estadunidenses, em reação às tarifas de 145% impostas pelos EUA sobre importações chinesas.

A guerra comercial entre as duas maiores economias do planeta provocou instabilidade nos mercados financeiros desde então e Trump tentou sinalizar a moderação ao anunciar isenções para itens eletrônicos como smartphones, laptops e semicondutores, retirando-os das taxas mais elevadas.

Mas Trump reforçou a posição em sua rede social, a Truth Social, na noite de domingo. “Ninguém está sendo ‘liberado’”, escreveu, ressaltando que os smartphones continuam sujeitos a uma tarifa de 20%, com possibilidade de elevação.

Entretanto os investidores demonstraram otimismo nesta segunda-feira com o  índice Nikkei, do Japão, subiu 1,2%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 2,2%. As bolsas de Xangai e Shenzhen registraram ganhos de 0,8% e 1,2%, respectivamente. Na Europa, o índice FTSE 100, de Londres, cresceu 1,6%; o Dax, da Alemanha, 2,2%; e o Cac 40, da França, 2%.