Numa Avenida simbolicamente intitulada ""Estados Unidos da América"" em Lisboa, a organização Climáximo fez ouvir um eco do próprio espírito de resistência que fundou a nação homenageada no nome da rua. A fachada da sede da REN foi tingida com tinta vermelha ""ecológica"", numa representação visceral da crise climática que nos assola.


A acção desafia não apenas uma empresa, mas uma mentalidade. Em meio ao caos da urgência climática, este ato audacioso torna-se uma metáfora potente para o estado do nosso planeta e a inacção que ameaça a sua sobrevivência. A acusação da Climáximo é gravíssima: a REN está ""conscientemente a escolher manter e expandir a infraestrutura de gás fóssil"". Isto, para a Climáximo, é um ""crime de guerra"".


Num país onde o debate sobre o clima muitas vezes se torna apanágio de manobras políticas, esta acção eleva a questão para uma luta comum. Bernardo Blanco, deputado da Iniciativa Liberal, acusou os ativistas de ""vandalismo"". Mas estaremos nós dispostos a chamar de vandalismo a um acto que aspira a salvar o planeta?

Este é o terceiro protesto dos últimos três dias, no contexto de um constitucional direito à Resistência e acontece porque, dizem os activistas, a REN é “uma das empresas que declarou guerra à sociedade e ao planeta”.


O Colectivo Climáximo pintou a entrada da sede da REN, na Avenida Estados Unidos da América, Lisboa, com tinta vermelha ""ecológica"".


O protesto fundamenta-se no facto de que a REN é ""uma das empresas que declarou guerra à sociedade e ao planeta"".

Segundo a Climáximo, a REN é ""uma das empresas que declarou guerra à sociedade e ao planeta"". ""Nos últimos dois dias parámos o funcionamento normal da sociedade para dizer às pessoas que precisam de parar de consentir, e que temos de resistir contra o genocídio que é a crise climática.

Hoje, fomos a um dos atores mais responsáveis por este genocídio.A REN, responsável pela infraestrutura de gás fóssil em Portugal, pelo projeto de expansão do terminal de GNL em Sines e da construção de novos gasodutos"", disse Alice Gato, uma das porta-vozes do grupo.


A mesma ativista acusou a REN de estar ""conscientemente a escolher manter e expandir a infraestrutura de gás fóssil em vez de parar estas armas de destruição em massa e implementar a transformação necessária em toda a rede elétrica"", garantindo assim, ""deliberadamente"", a ""morte de milhares de pessoas, todos os anos"".""Este é um dos crimes de guerra mais horrendos da história da humanidade, e não o deixaremos passar em branco"", continuou, acrescentando que ""a melhor forma de se comemorar o aniversário da implementação da República é retomar o direito à vida digna que está a ser roubado pelos governos e as empresas, travando a guerra que declararam à sociedade e ao planeta"".


""A História de Portugal mostra-nos que o poder popular é capaz de grandes mudanças. Hoje vivemos num momento decisivo que requer grandes mudanças, e cabe a nós, as pessoas comuns, fazer esta mudança em conjunto"", disse.O grupo Climáximo defende ""um plano de desarmamento"" para impedir a construção de novas ""armas de destruição em massa"", referindo-se à expansão do terminal de GNL em Sines e ao gasoduto de Celorico da Beira até Zamora. Em simultâneo, o Climáximo quer ver desativadas as ""atuais armas"", defendendo a substituição de gás fóssil em Portugal por 100% de eletricidade renovável e acessível até 2025.


O Climáximo promete, no mesmo comunicado, continuar com estas e outro tipo de ações ""para que seja possível travar esta guerra e garantir os direitos que os ditos defensores da República estão a roubar"", apelando que ""todas as pessoas parem de consentir com os culpados pela crise climática e que através de democracia radical, decidamos em conjunto como vamos pará-los"".


Vivendo feliz e contente da retardada mentalidade imposta por um desenfreado industrialismo e consumismo ( em Portugal a ter como bandeiras as rotundas espalhadas país fora pelo cavaquistão e o guterrismo), onde o cúmulo está nesta ideia de autoestradas quase vazias, que certamente ele adora, o deputado da Iniciativa Liberal, Bernardo Blanco, na linha dos absurdos que teve a coragem de dizer na CPI da TAP, veio agora acusar os ativistas da Climáximo, de vandalismo, nem se lembrando do como cada automóvel em Portugal, cada avião, nos empurrou para a atual crise climática e empurra para que ela continue e como a EDP é responsável pelo atraso vivido na economia verde e pior pela aceitação em troca de ter deixado cair o nuclear ganhar o uso do gás fóssil como via energética!

As suas desculpas de mau pagador são que estas ações, puseram ""mais portugueses contra o combate às alterações climáticas"".

O mesmo deputado que levou à AR um cidadão que se mostrou bem cívica no palavreado contra o PM vem agora verberar contra a utilização de tinta ecológica na sede da EDP…

E citamos a Climaximo, ""a REN está conscientemente a escolher manter e expandir a infraestrutura de gás fóssil em vez de parar estas armas de destruição em massa e implementar a transformação necessária em toda a rede elétrica"", pelo que a empresa ""está, assim, deliberadamente a garantir a morte de milhares de pessoas, todos os anos"".

Recordo as palavras de Albert Einstein: “O mundo não será destruído por aqueles que fazem o mal, mas por aqueles que os vêem fazer e nada fazem”. Esta ação do Climáximo é um grito de resistência, um apelo à ação que, indubitavelmente, não podemos ignorar.

Neste contexto, a contribuição financeira solicitada ao final do artigo não é apenas um ato de apoiar um veículo informativo; é um investimento no futuro do planeta. A luta contra a crise climática não é uma tarefa exclusiva de ativistas ou políticos; é um imperativo moral para todos nós.


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Joffre Justino

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Recordo as palavras de Albert Einstein: ""O mundo não será destruído por aqueles que fazem o mal, mas por aqueles que os vêem fazer e nada fazem"". Esta ação do Climáximo é um grito de resistência, um chamado à ação que, indubitavelmente, não podemos ignorar.

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