No domingo, Lecornu anunciou uma equipa de 18 ministros, mas a composição do novo Executivo gerou forte contestação política. Da esquerda à extrema-direita, as críticas multiplicaram-se: a oposição falou em “reciclagem”, “provocação” e até em “negação da democracia” e os “amigalhaços” do venturinha, Marine Le Pen e Jordan Bardella, líderes do partido de extrema-direita Ajuntamento Nacional, a nao cederem e com Bardella a pedir publicamente a dissolução da Assembleia Nacional e a convocação de novas eleições.
Tudo começou no interior do governo com Bruno Retailleau, ministro do Interior e simultaneamente líder do partido Os Republicanos, a numa reunião ter afirmado que a nova equipa “não refletia a rutura prometida”, deixando no ar a possibilidade de os ministros republicanos abandonarem o Governo.
Essa posição fragilizou imediatamente Sébastien Lecornu, que perdeu o apoio interno e ficou sem garantias de lealdade no seio do próprio Executivo.
Para figuras próximas de Macron, como Jean-Noël Barrot (Negócios Estrangeiros) e Gabriel Attal, Retailleau terá feito “chantagem política”, expondo perante a opinião pública a imagem de um poder dividido — um fator que acelerou a queda do Governo.
Emmanuel Macron enfrenta agora o desafio de formar um novo Governo, num parlamento fragmentado e perante uma opinião pública profundamente desconfiada da classe política.
A demissão relâmpago de Sébastien Lecornu marca mais um capítulo na crise política francesa, agravando a sensação de instabilidade que tem dominado o cenário político em Paris.
As Esquerdas ao tempo que defendem eleições antecipadas!
Aliás… por cá..!