"Seria muito importante que o senhor primeiro-ministro, ao ser indigitado – e que será, naturalmente, Luís Montenegro, da AD – desse sinais de que esta legislatura não é uma legislatura para fazer uma revisão constitucional", afirmou Tavares no final de uma audiência de cerca de uma hora com o Presidente da República, no Palácio de Belém, a propósito da formação do novo Governo, na sequência das legislativas antecipadas de 18 de março.
Acompanhado pela co-porta-voz do partido Isabel Mendes Lopes, e os deputados eleitos Jorge Pinto e Patrícia Gonçalves, Tavares apelou para que a AD rejeite uma eventual revisão constitucional, ou "ao menos que diga que nunca será a favor de nenhuma emenda à Constituição que, em vez de ter dois terços, não tenha um consenso que abranja, pelo menos, três quartos da Assembleia da República, - ou seja, que conte também, pelo menos, com o centro-esquerda".
O luso angolano Rui Rocha, anunciou que o seu partido vai apresentar um projeto de revisão constitucional para reduzir o "papel central" do Estado na economia, e é por tal que o dirigente do Livre criticou o 'timing' desta proposta face à nova composição parlamentar, que conta com um crescimento substancial do Chega.
"Já sabíamos que a Iniciativa Liberal gostava de motosserras, agora percebemos que gosta de mandar gasolina para o fogo", criticou.
O dirigente do Livre salientou que este "não foi tema de campanha eleitoral e, portanto, não existe legitimidade para fazer uma revisão" que, na sua opinião, "constituiria uma mudança de regime".
Rui Tavares disse ter partilhado com o Presidente da República que "a reflexão à esquerda sobre os resultados destas eleições deve ser uma reflexão grande, mas não pode ser longa", avisando que as eleições autárquicas serão daqui a cerca de cinco meses.
Tavares considerou que a esquerda não se pode "dar ao luxo" de uma reflexão muito alongada, alertando que nas legislativas de domingo o Chega ficou "em primeiro lugar em dezenas de concelhos do país".
O imbroglio está criado e a solução reside na afirmacao pelas Esquerdas todas elas que mal se reverta a situação e retomarao a Constituição da Republica tal qual é hoje !
Há que assumir que a irresponsabilidade dominante numas Esquerdas que se auto digladiam é que conduziu a este desastre.