Este apelou em Coimbra, entre inspetores, para o respeito pelo segredo de justiça, para que seja salvaguardada a presunção de inocência.

"Temos de salvaguardar a integridade e a honra das pessoas", afirmou Luís Neves ao discursar na tomada de posse do novo diretor do Centro da PJ, Avelino Lima, cerimónia que decorreu no auditório da reitoria da Universidade de Coimbra.

O diretor da PJ defendeu que é necessário "o respeito pela lei, o respeito pelo segredo de justiça e o respeito pela presunção da inocência", os princípios centrais  da atividade da PJ.

"Ao defendermos o segredo de justiça e não permitirmos que cheguem cá fora determinados conhecimentos -- informações que são segredo de justiça -, estamos a salvaguardar a presunção de inocência de todos os cidadãos", e lembrou que qualquer um pode um dia ser constituído arguido.

Ou, em casos vividos, vivemos essa experiência pessoalmente, temos somente condenação e ataques ao bom nome da ou do cidadão

Luís Neves recordou  que foi possível duplicar o número de elementos na PJ desde que assumiu a direção da PJ, considerando que a entidade tem hoje gente suficiente para "recuperar os processos atrasados".

"Temos de virar definitivamente a questão dos atrasos e das demoras", disse.

Aos jornalistas, o diretor nacional da PJ afirmou que com o aumento de meios humanos e periciais aumenta a responsabilidade, e defendeu que o tempo de demora das investigações "tem de encurtar".

Para o responsável, não se pode voltar "nunca mais" a ter na PJ "processos que se arrastam ano após ano".