Esta manifestação, com as vozes de cerca de uma centena de educadores, não era apenas um protesto, mas um símbolo da urgência em redefinir as prioridades no investimento público.
Os professores, sob a bandeira do Sindicato de Tod@s @s Profissionais de Educação (Stop), levantaram uma questão crucial: o investimento de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) na Educação. Atualmente, as previsões orçamentais para 2024 situam-se em 2,9% do PIB, um número que, mesmo somando todos os níveis de ensino, desde a pré-escola ao superior, não atinge 4,3% do PIB.
Durante o protesto, palavras de ordem como "A lutar também estamos a educar" e "Só não há dinheiro para quem trabalha" ressoavam, amplificando a mensagem dos professores que, desde as 10:00 da manhã, se faziam ouvir. Este movimento marcava o último dia de uma greve iniciada duas semanas antes, sinalizando uma insatisfação crescente no setor da educação.
No entanto, o protesto foi manchado por atitudes que desafiam os princípios da educação cívica que se espera dos professores. Cartazes com mensagens de teor racista e fascista emergiram entre a multidão, lançando uma sombra sobre o evento. Estes atos, perpetrados por uma minoria, levantam questões sobre a necessidade de um investimento mais abrangente na Educação, que inclua também a formação cívica e ética dos educadores.
Investir na Educação é investir no futuro. Não se trata apenas de alocar recursos financeiros, mas também de fomentar uma cultura de respeito, tolerância e responsabilidade social. A Educação é a base para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, inovadora e preparada para os desafios do futuro. Como afirmou Nelson Mandela, "A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo". Neste contexto, o investimento de 6% do PIB na Educação não é apenas um número, é um compromisso com o progresso e a dignidade humana.
O protesto dos professores em frente à Assembleia da República é um lembrete da importância crítica do investimento na Educação. Embora seja essencial abordar as falhas e desafios existentes, como as atitudes inapropriadas de uma minoria, é crucial reconhecer e apoiar a luta por um sistema educacional robusto, inclusivo e ético.
É tempo de Portugal olhar para a Educação não como uma despesa, mas como um investimento essencial no capital humano e no futuro da nação.