Na verdade, é incremento que obriga o Município a um reforço orçamental de cerca de 1,5 milhões de euros, para cobrir os custos com o tratamento de resíduos urbanos em Viana do Castelo.
No inicio de mandato, em 2021, era de “cerca de oito euros” pelo que o autarca critica os aumentos “insustentáveis” dos valores cobrados pela empresa Resulima, gestora do aterro sanitário que serve os municípios de Viana do Castelo, Barcelos, Esposende, Ponte de Lima, Ponte da Barca e Arcos de Valdevez.
“A tutela, o Ministério do Am- biente e a ERSAR, têm de repen- sar este sistema. É insuportável sermos surpreendidos, anualmente, com este incremento”, declarou Luís Nobre, lembrando que, no início do mandato, “cada tonelada na Resulima custava aos vianenses oito euros e, neste momento, custa 68,07 euros. É insustentável este ritmo de crescimento”. Para o socialista, não há condições para pedir os munícipes para assumirem este custo adicional, mas a Câmara também tem recurso limitados.
“Há que repensar o modelo de depósito e tratamento de resíduos para reduzir aos custos”, apelou, considerando que “alguém tem que tomar as rédeas deste assunto. Há um Governo, há uma tutela e há uma entidade reguladora que, naturalmente, têm de sentar-se com as entidades gestoras e com os municípios para, em conjunto, encontrarmos uma solução mais equilibrada”, propôs ainda.
No caso de Viana do Castelo, a Resulima é responsável pelo tra- tamento dos resíduos urbanos, cuja recolha está, desde 2020, sob a gestão dos Serviços Muni- cipalizados de Viana do Castelo.
O valor aprovado ontem diz respeito à revisão do orçamento dos serviços.
De acordo com a proposta submetida ao Executivo, o reforço de 1,5 milhões de euros justifica-se “em face do atraso da comunicação” do aumento, que “apenas nos foi comunicado no decorrer de dezembro de 2023” pela entidade gestora, a Resulima, “decorrente do diálogo entre aquela e a ERSAR acerca dos valores a aplicar, numa altura em que o Plano e Orçamento dos serviços para 2024 se encontrava aprovado”
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Antonio Sousa