A lista contempla itens que os EUA não produzem, como café e cacau, e reforça a dependência do país como o maior consumidor mundial das bebidas de fornecedores estrangeiros.
O texto, no entanto, condiciona a isenção à assinatura de um acordo comercial bilateral.
Para entidades do setor, como a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) e o Conselho de Exportadores de Café (Cecafé), esse detalhe torna ainda mais relevante a aproximação entre os dois presidentes.
Na ONU, Trump elogiou Lula e disse ter tido uma “química excelente” com o brasileiro, revelando que ambos concordaram em marcar uma reunião na próxima semana.
Antes do tarifaço, o Brasil era responsável por cerca de um terço do café consumido nos EUA e liderava as exportações para o mercado norte-americano.
Com a cobrança de 50% em vigor desde agosto, os embarques sofreram queda vertiginosa.
Agora, produtores e exportadores aguardam os próximos passos da diplomacia.
Um eventual acordo Lula–Trump não apenas devolveria competitividade ao café brasileiro nos EUA, mas também representaria um gesto político de reaproximação entre Brasília e Washington após meses de tensão.
Entretanto o setor de café da Colômbia está em crise com a chegada de grãos brasileiros ao país em resposta às tarifas exorbitantes de Donald Trump. Produtores locais pedem controles de importação mais rigorosos e temem que a marca premium da Colômbia seja prejudicada caso o produto brasileiro esteja sendo vendido como se fosse do país andino.