Ja antes, a hipótese de um oceano marciano era objeto de debate devido à distribuição irregular de elevações nas linhas costeiras detectadas e aos processos geológicos que poderiam ter apagado seus vestígios durante os últimos 4 bilhões de anos.
No entanto, novos estudos fornecem fortes argumentos em favor da existência de um corpo de água que teria coberto um terço das planícies do norte de Marte.
O rover Zhurong, que pousou na região sul de Utopia Planitia em 2021, viajou 1.921 metros em um ano e coletou uma grande quantidade de dados científicos. Usando radar de penetração no solo, investigadores da China e de outros países identificaram depósitos sedimentares inclinados característicos de áreas costeiras.
As estruturas descobertas estendem-se por até 35 metros de profundidade e apresentam semelhanças com sedimentos marinhos da Terra.
As suas características descartam sua formação pela ação do vento ou dos rios, o que confirma a presença de um corpo de água em grande escala, e não de um derretimento único de gelo.
Este novo estudo reforça a hipótese da existência de um antigo oceano em Marte e oferece informações importantes sobre a evolução climática e geológica do planeta no passado remoto.
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Foto de destaque: Criada por IA