O 25.11.75 foi uma farsa ? ( todos p’rá escolinha aprender a subtração!)
O PCP recusou e muito bem participar num grupo de trabalho da AR, sobre uma histérica sessão sobre o 25.11.75 imposta pelos direitinhas no parlamento!
É garantido que, às direitas, todos os que estão no parlamento, no governo e na CML, chumbaram certamente, em Matemática, ja que neste 25.11.75 se fazem não 50 mas sim 49 anos, desde o petit coup que aconteceu a 25.11.75!
Nem no Estrategizando se percebe como há entre estes das Direitas, imagine-se, engenheiros, etc…
A 2025 teremos os 50.o aniversário dessa ao que parece amada data pelas Direitas!
Bem, em fui um dos civis ( nunca fiz a tropa e ainda bem dada o como era a lusa tropa ), que esteve politicamente ativo no que fez surgir o 25.11, maoista que era e conhecedor do Marx o suficiente para saber distinguir uma aventureirice duma revolução e, na verdade, em Portugal viveram-se lindas aventuras e terríveis desencantos, como conta José Mario Branco, a exigir citação,
Quando o avião aqui chegou
Quando o mês de maio começou
Eu olhei para ti
Então entendi
Foi um sonho mal que já passou
Foi um mal bocado que acabou
Tinha esta viola numa mão
Uma flor vermelha noutra mão
Tinha um grande amor
Marcado pela dor
E quando a fronteira me abraçou
Foi esta bagagem que encontrou
Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei pra aqui chegar
Eu vou pra longe
Pra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos pra nos dar
E então olhei à minha volta
Vi tanta esperança andar à solta
Que não hesitei
E os hinos que cantei
Foram frutos do meu coração
Feitos de alegria e de paixão
Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei pra aqui chegar
Eu vou pra longe
Pra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos pra nos dar
Quando a nossa festa se estragou
E o mês de Novembro se vingou
Eu olhei pra ti
E então eu entendi
Foi um sonho lindo que acabou
Houve aqui alguém que se enganou
Tinha esta viola numa mão
Coisas começadas noutra mão
Tinha um grande amor
Marcado pela dor
E quando a espingarda se virou
Foi pra esta força que apontou
Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei pra aqui chegar
Eu vou pra longe
Pra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos pra nos dar
E então olhei à minha volta
Vi tanta mentira andar à solta
Que me perguntei
Se os hinos que cantei
Eram só promessas e ilusões
Que nunca passaram de canções
Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei pra aqui chegar
Eu vou pra longe
Pra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos pra nos dar
Quando eu finalmente eu quis saber
Se ainda vale a pena tanto crer
Eu olhei para ti
Então eu entendi
É um lindo sonho para viver
Quando toda a gente assim quiser
Tenho esta viola numa mão
Tenho a minha vida noutra mão
Tenho um grande amor
Marcado pela dor
E sempre que Abril aqui passar
Dou-lhe este farnel pra o ajudar
Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei pra aqui chegar
Eu vou pra longe
Pra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos pra nos dar
E agora eu olho à minha volta
Vejo tanta raiva andar a solta
Que já não hesito
E os hinos que repito
São a parte que eu posso prever
Do que a minha gente vai fazer
Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei pra aqui chegar
Eu vou pra longe
Pra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos pra nos dar
Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei pra aqui chegar
Eu vou pra longe
Pra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Eu vim de longe
De muito longe
Eu vou pra longe
Pra muito longe
Eu vim de longe
De muito longe
Eu vou pra longe
Pra muito longe
Perdoe-me muita Esquerda, mas eu tinha uma vantagem- era um filho do Império que, bem jovem, optou por o combater, logo lá na antiga capital da joia da coroa, onde os movimentos de libertação estavam, em 1970 ja, dolorosamente, derrotados.
Com ruas sem gente, uns tantos corajosos com visão mas sem jeito ocupam uma tv e, de lá, apelam à justiça face a um corpo militar, os paras, (na verdade pouco revolucionários), injustamente colocados no desemprego por um general de pacotilha!
Uns tiritos, 3 infelizes jovens militares mortos, e acabou, revolução e contra revolução juntas acabaram, foram-se as mocas de rio maior e as manifes radicais tudo ao mesmo tempo… apesar da ainda resistência dos apaniguados do cónego Melo que continuou por um tempo a senda dos nada cristãos assassinatos económico políticos!
Isto é o nada heróico, sem qualquer história, 25.11.75, onde se houve algum povo na rua era o contra o que viria a acontecer, pois o PCP ordenou, todos para casa e todos foram, sem PCr e etc a fazerem diferente, e a irem também para casa…
Comemorar então o quê?
O que foi um dever, um pôr um fim a uma aventura que ja tinha ido longe demais, onde uma radicalidade séria fora usada para fazer surgir uma nova burguesia sobre a apodrecida burguesia fascista, salazarenta?
Os continentes, os pingodoce, os “bancos privados”, o capitalismo portugues sempre sempre à custa do doce mamar do luso Estado, agora com o acréscimo do mamar o Estado UE, são a única herança do 25.11.75 pois a lusa burguesia é isto mesmo e nada mais!
Criatividade, inovação, amor ao risco, concorrência leal, capitalismo, onde andas tu desde o 26.11.75?
E ex maoista mas marxólogo, ainda digo a mim mesmo como José Mario Branco, errei, também errei, porque esta burguesia é uma choldra como dizia Eça de Queiroz ( e eu não sou queiroziano!) “De resto todo o mundo concorda que o país é uma choldra. E resulta portanto este facto supracómico: um país governado «com imenso talento», que é de todos na Europa, segundo o consenso unânime, o mais estùpidamente governado! Eu proponho isto, a ver: que, como os talentos sempre falham, se experimentem uma vez os imbecis!
Eça de Queirós, Os Maias “
O 25.11.75 é uma fantasia, e a realidade é o 11.11.75, onde há 49 anos findou, demasiado mal, um Império nascido com os Reencontros da Lusa/Templária Expansão de onde surgiu um Império Teocrático ( viva, Darcy Ribeiro!)!
Mais valia que a direita comemorasse os seus 28.09.74 e o 11.03.75 onde foi derrotada mas deu a cara já que no 25.11.75 nem tal sucedeu pois foi uma parcela da Esquerda que fez o golpito sem história!