A professora Dorothy Bishop, uma das principais especialistas em distúrbios da comunicação infantil na Universidade de Oxford, posteriormente renunciou à sua bolsa devido à falta de ação da Royal Society, e de seguida Andrew Millar, professor de biologia de sistemas na Universidade de Edimburgo, seguiu-lhe o exemplo.
Mais de 1.900 membros da comunidade científica internacional assinaram uma carta aberta ao presidente da Royal Society, Sir Adrian Smith, com signatários como Bishop, Sir Richard Peto – um eminente estatístico e membro da Royal Society – e a professora Susan Michie da UCL, uma cientista comportamental que se tornou um nome familiar durante a pandemia de Covid.
Stephen Curry, professor emérito de biologia estrutural no Imperial College London, disse que estava motivado a escrever a carta devido à frustração com o silêncio contínuo da organização.
“Esta não é uma reclamação de RH sobre assédio ou intimidação ou algo parecido. Esta é uma questão de comportamento inteiramente pública”, disse ele. “Todos podem ver o que Musk disse e o que está a fazer como chefe do Doge e da Royal Society, que afirma ter uma voz forte para a ciência no Reino Unido, mas na verdade, mesmo no cenário internacional, não disse absolutamente nada.”
A carta observa que a Royal Society foi informada das preocupações dos bolsistas há mais de seis meses e que, desde então, Musk fez mais comentários incendiários.
Estas incluem chamar a deputada Jess Phillips, de “apologista do genocídio da violação”.
Phillips disse que os comentários a deixaram mais preocupada com sua segurança.
“Não consigo entender como essas ações são consistentes com um código de conduta que exige que os bolsistas tenham ‘a devida consideração pela declaração de valores desenvolvida de tempos em tempos pela [Royal] Society’”, escreve Curry.