"Nada justifica, mas temos de compreender as raízes dos problemas. O machismo é endémico, o machismo existe na nossa sociedade e sempre existiu, o que está a mudar neste momento é uma cultura de redes sociais que promove a visualização e a partilha deste machismo e transforma figuras machistas em profetas de internet, em influencers", disse aos jornalistas, na manifestação 'Violação não se filma, condena-se', em Lisboa.

Mariana Mortagua afirmou que "as redes sociais mudaram a forma" de comunicar e é necessário "reconhecer estas mudanças". 

Mariana Mortágua frisou que a extrema-direita está presente "em assembleias da República, nos Estados Unidos e em grandes empresas", que "promovem e legitimam a cultura de machismo".

"O caldo que estão a tornar é um caldo perigoso. E temos de combater isso", disse.

"Esse combate faz-se na lei, mas é também um combate cultural. É também um combate pela regulação das redes sociais, que também têm de ser responsabilizadas", atirou.

Durante a tarde deste sábado, viveu-se um protesto à Assembleia da República contra as medidas tomadas contra três influencers suspeitos de violarem uma jovem de 16 anos e tem divulgado o crime nas redes sociais, em Loures.

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