Uma extensão de cerca de 12 quilómetros de piso em terra batida, está actualmente degradada e a exigir significativo  cuidado quando da circulação automóvel.

Alias uma representação dos moradores do Monte de Pancas e dos utilizadores regulares desta via, dirigiu sucessivas mensagens ao vereador Hélio Justino, acentuando que a estrada se encontra em “estado caótico”, com buracos, entulho espalhado e ausência de alternativas viáveis para entrada ou saída das habitações.

“Os veículos agrícolas, que circulam constantemente, agravam ainda mais a situação. Já registámos furos em pneus e danos causados pela má qualidade do material usado nas reposições feitas pontualmente”, denuncia o morador,

Aliás  até o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), contactado em Junho, se manifestou “profundamente indignado” por se tratar de uma zona integrada na Reserva Natural do Estuário do Tejo.
Son  crítica estao  também os serviços municipais, com os residentes a apontarem a paralisação frequente das obras, a ausência de operadores e falta de resposta às comunicações enviadas por e-mail e por WhatsApp.
Ja Hélio Justino, admitiu a O MIRANTE os constrangimentos sentidos. “Temos essa estrada e outras que necessitam de intervenção devido ao mau tempo, à degradação natural e ao uso intensivo por veículos agrícolas”, explicou ao nosso jornal.
Apesar das dificuldades, Hélio Justino assegura que a situação está identificada e que estão a ser encontradas soluções para dar resposta às expectativas da população.

Diz ainda compreender perfeitamente a frustração dos moradores e indica que a autarquia está a trabalhar para fazer melhor.
Além das dificuldades de circulação e danos em viaturas, o caso levantou também preocupações ambientais, com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) a notificar formalmente a Câmara de Benavente, exigindo a remoção de resíduos e a reposição adequada da via.

Ao presidente da Direcção Regional da Conservação da Natureza e Florestas de Lisboa e Vale do Tejo, os residentes especificaram também a má qualidade dos materiais usados nos enchimentos do pavimento da estrada.
Já o  ICNF sublinha sérias preocupações ambientais, apontando o risco de contaminação dos solos e dos recursos hídricos próximos devido à deposição de resíduos ao longo do traçado. No ofício é recomendada a remoção dos resíduos e a reposição da via com recurso a materiais tecnicamente apropriados.

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Foto de destaque: O Mirante