Num artigo de opinião intitulado "O PAN deixou de me representar", o primeiro deputado eleito pelo partido, em 2015, considerou que o PAN "tornou-se profundamente irresponsável, esqueceu-se dos que não têm voz, desistiu das lutas, e assim representa hoje 1% das intenções de voto".

"Também deixou de me representar e hoje comuniquei a minha saída", pois que este partido "anda de gaveta em gaveta política, aparentemente, em busca daquela que mais mandatos tiver para lhe oferecer".

André Silva denuncia a "notória disponibilidade para bailar com (quase) todos", aliada à pretensão de fomentar uma imagem de moderação e sensatez, transformou o "PAN num partido quase inútil às causas que proclama defender e que justificam a sua existência" no país.

"Mais do que elástico, o PAN é hoje plástico. Essa plasticidade foi ostentada na opção de apoiar o Governo do PSD/CDS na Madeira", criticou esta ideia "aberrante" por três motivos: "Pelo regime em causa, pela ausência de contrapartidas de mudança, pelas justificações apresentadas” mais ainda pela "venda dos valores do partido", denunciou André Silva, ao considerar que o "PAN perdeu a coluna vertebral de tanto querer dançar" nas opções que tomou na Madeira, tecendo duras críticas ao posicionamento sobre o projeto do teleférico do Curral das Freiras

( citemos a Deputada na Assembleia Legislativa da Madeira
Sílvia Sousa Silva )

O teleférico do Curral das Freiras, tal como está projetado e fundamentado, é sem dúvida mais um dos flagrantes logros que marcam a governação PSD. O teleférico do Curral das Freiras integra uma extensa lista de obras de interesse duvidoso, como a Estrada das Ginjas, a Marina do Lugar de Baixo, a fábrica de microalgas do Porto Santo e muitas outras, propostas e apresentadas pelo Governo Regional da Madeira como únicas ou pioneiras, como aspirações antigas da população, como determinantes para o desenvolvimento económico e sustentabilidade da Região mas que afinal não passam ou não passarão de projetos falhados, uma vez que a sua pertinência ou viabilidade nunca foi provada.
Obras que nasceram do “Quer queiram quer não” e que morreram antes de o ser.
O único objetivo alcançado foi mesmo o de mostrar quem manda mais, distribuindo dinheiros públicos para reinar!
Todos estas obras têm em comum o facto de serem projetos milionários que justifica as guerras que compraram. Todas elas desvalorizam os estudos de impacto ambiental ou opiniões de especialistas. Todas elas assentam em narrativas construídas para enganar a população, fazendo crer que vão ao encontro das suas aspirações. Todas elas atalharam procedimentos e criaram facilidades para acelerar a aprovação. O teleférico do Curral das Freiras tal como está projetado e fundamentado é sem dúvida mais um destes flagrantes logros que marcam a governação PSD.
O PS é a favor do desenvolvimento económico, da interação entre o Homem e a natureza, da atividade económica sustentável. O que o PS não pode concordar, e foi isso deixou claro na consulta pública a este projeto, é a destruição gratuita e avulsa da natureza e da paisagem sem garantias concretas de beneficio para a população que é iludida por falsas promessas.
O que o PS não tolera é esta politica de 2 pesos e 2 medidas que afasta as pessoas da serra para deixar espaço para o governo poder destruir.
O que eu fiz questão de perguntar à Deputada Elisa Seixas, na sua intervenção politica sobre o teleférico do Curral das Freiras foi que garantias encontrou neste projeto que indiquem que a população do Curral das Freiras sairá mesmo beneficiada com este teleférico e quais são os principais indícios que nos dizem que o Governo Regional tudo fará para que a obra avance mesmo que todos os pareceres e motivos aconselhem a desistir!

Deputada na Assembleia Legislativa da Madeira
Sílvia Sousa Silva

 

Face à saída de Andre Silva a porta-voz do PAN considerou que os argumentos apontados por André Silva "não têm qualquer razão de ser".

"Uma decisão única e exclusivamente pessoal, que me caberá respeitar, apesar de achar que é de uma profunda imaturidade o momento em que é feito", criticou Inês de Sousa Real, defendendo que a decisão do ex-líder "denota que não há um compromisso verdadeiro com as causas".

Mas a verdade é que na Madeira o PAN colou-se à causa da corrupção!

Joffre Justino