Na abertura da sessão ministerial da Conferência Internacional sobre a “Agenda Futura de Ação para o Engajamento Global da Diáspora”, o Ministro das Comunidades, Eng.º Jorge Santos, destacou a importância da criação da Aliança Global para a Diáspora, que será lançada oficialmente hoje na ilha do Sal.

Para o ministro, esta aliança representa mais do que uma formalidade: é uma oportunidade para criar uma instituição que seja “substancial e com conteúdo”, com o objetivo de conectar países, parceiros e membros da diáspora numa rede global de soluções e inovação.

A sessão ministerial, que conta com a presença do Diretor Geral Adjunto da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Ugochi Daniels, e representantes de cerca de 20 países, oferece, nas palavras do ministro, uma "excelente oportunidade para a troca de visões e propostas" entre os países presentes. Jorge Santos sublinhou que a conferência, que decorre ao longo de dois dias, tem superado as expectativas, classificando-a como “um sucesso” e elogiando, em particular, a participação ativa da juventude nos painéis do primeiro dia.

Diáspora como motor de desenvolvimento global

O lançamento da Aliança Global para a Diáspora representa um marco na estratégia de engajamento da diáspora em nível internacional. Segundo o ministro, esta plataforma terá um papel fundamental na criação de redes de contactos e parcerias estratégicas que permitirão a implementação de políticas públicas e privadas destinadas a fortalecer o papel das comunidades diásporicas no desenvolvimento dos seus países de origem e de acolhimento.

A diáspora, composta por milhões de pessoas dispersas pelo mundo, é reconhecida como um importante agente de desenvolvimento econômico e social. Seja através de remessas financeiras, transferência de conhecimento ou investimento em projetos de impacto local, já que comunidades expatriadas têm um papel vital na construção de sociedades mais inclusivas e prósperas.

Nesse sentido, Jorge Santos defende que a Aliança Global será uma “plataforma robusta” para alinhar esforços, identificar desafios comuns e encontrar soluções inovadoras que possam beneficiar tanto os países de origem como as sociedades que acolhem estas comunidades.

A criação de uma rede de networking eficiente será crucial para atingir estes objetivos, permitindo que as diásporas contribuam com seu talento, capital e conhecimento em prol de um desenvolvimento sustentável e integrado.

Uma plataforma com impacto global

O sucesso da Aliança dependerá, segundo o ministro, da capacidade de construir pontes entre governos, instituições e os próprios membros da diáspora, promovendo o diálogo e a cooperação em áreas como a educação, a economia digital e a inclusão social. “Precisamos de uma plataforma que faça a diferença, que crie valor e que tenha resultados tangíveis para as comunidades e para os países envolvidos”, reiterou Jorge Santos.

Com esta conferência e o lançamento oficial da Aliança, fica claro o compromisso do governo em garantir que a diáspora continue a ser uma força ativa na construção de um futuro global mais solidário, inclusivo e próspero.

A expectativa é que, através desta plataforma, a diáspora possa desempenhar um papel cada vez mais central no desenvolvimento global, ajudando a resolver desafios contemporâneos como as migrações, as mudanças climáticas e a desigualdade econômica.

No final da sua intervenção, o Ministro das Comunidades expressou confiança de que o segundo dia da conferência será tão produtivo quanto o primeiro, destacando a importância do trabalho conjunto e do compromisso de todos os participantes em tornar a Aliança Global para a Diáspora uma realidade com impacto duradouro.

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