Num cenário de crescente tensão económica, as bolsas de valores mundiais enfrentam quedas vertiginosas, impulsionadas pelas políticas tarifárias agressivas do Presidente dos EUA, Donald Trump.

Enquanto isso, em Portugal, os partidos PSD e CDS parecem alheios à tempestade que se avizinha.

Na segunda-feira, 7 de abril de 2025, o índice japonês Nikkei 225 registou uma queda de 7,8%, prolongando a descida de 9% da semana anterior, marcando o declínio percentual mais acentuado desde março de 2020. Esta queda abrupta foi desencadeada pelos planos tarifários de Trump, que impôs uma taxa de 24% sobre as exportações japonesas para os EUA. A negociação de futuros foi temporariamente suspensa após as baixas acionarem um disjuntor.

Outros mercados asiáticos também sofreram impactos significativos. O índice Kospi da Coreia do Sul caiu 5,6%, enquanto o S&P/ASX 200 da Austrália recuou 4,2%, recuperando ligeiramente de uma perda superior a 6%.

Na Europa, o cenário não foi diferente. O FTSE 100 do Reino Unido abriu com uma queda de 2,5% e, em poucos minutos, já havia perdido 5,56%, atingindo 7.605,97 pontos. O índice DAX da Alemanha e o CAC 40 de França também registaram perdas significativas, refletindo a preocupação generalizada com uma possível recessão global.

Nos EUA, os futuros do S&P 500 e do Nasdaq apontavam para novas perdas, sinalizando que os mercados norte-americanos estavam prestes a entrar em território de mercado em baixa (bear market). Apesar de um relatório de emprego robusto, a incerteza dos investidores prevaleceu, refletindo dúvidas sobre o impacto das tarifas na economia global.

No meio a este turbilhão económico, o Primeiro-Ministro japonês, Shigeru Ishiba, manifestou a intenção de continuar a pressionar os EUA para reduzir as tarifas impostas, embora reconheça que os resultados não serão imediatos. Ishiba classificou a decisão de Trump como "extremamente dececionante e lamentável", enfatizando que o Japão tem agido de forma justa.

Enquanto as principais economias mundiais enfrentam e respondem a estas turbulências, em Portugal, os partidos políticos PSD e CDS mantêm-se em silêncio. A ausência de uma posição clara ou de medidas proativas por parte destes partidos levanta questões sobre a sua capacidade de liderança em tempos de crise económica global. A inércia política pode ter consequências graves para a economia nacional, especialmente num país tão interligado com os mercados internacionais.

Como afirmou o economista John Kenneth Galbraith: "A política consiste na escolha entre o desastroso e o desagradável." Neste contexto, a falta de ação pode ser considerada não apenas desagradável, mas potencialmente desastrosa para o futuro económico de Portugal.

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