Ontem, 21 de dezembro, sábado, Nuno Melo acusou a oposição de ter "as prioridades todas erradas", reagindo às críticas às opções políticas do PS face à polémica operação policial no Martim Moniz, em Lisboa.

Com um tom que recorda o controverso estilo de atuação do Cónego Melo nos anos 70 — "brutalidade pela brutalidade" —, Melo tentou defender a operação policial, ignorando o seu evidente fracasso e a indignação generalizada que se seguiu.

No Twitter, Nuno Melo escreveu:
> "A oposição, totalmente divorciada e desfasada da realidade, não percebe que a segurança é um direito dos portugueses, os polícias são os aliados e a delinquência um alvo a combater. Infelizmente, têm as prioridades todas erradas."

Curiosamente, Melo não explicou o "como" nem o "porquê" das suas afirmações, deixando muitas questões por responder. A operação no Martim Moniz revelou-se um fiasco tão evidente que só pode ser descrita como um exercício de autoritarismo despropositado, com resultados que roçam o ridículo.

E assim, o "partido dos retornados", como é frequentemente apelidado o CDS, vê-se mais uma vez exposto à crítica pública, sob o olhar incrédulo de um país que exige mais seriedade e menos demagogia, não é, Sr. Nuno Melo?