Claro que a eurodeputada socialista Marta Temido considerou  “tardias e insuficientes” as medidas anunciadas pela presidente da Comissão Europeia em relação a Gaza, tornando explicito que a União Europeia perdeu credibilidade ao longo de um ano de inação face à crise humanitária.

“Se estas medidas tivessem sido tomadas quando, há um ano, começámos a pedir no Parlamento a sua aplicação, a expectativa seria outra”, afirma a eurodeputada, avisando que “a União demorará muito a recuperar da descredibilização provocada pela resposta de inação perante um massacre e uma tragédia humanitária”.

Para Marta Temido, mais do que ouvir os eurodeputados, a presidente da Comissão “ouviu os europeus que se manifestaram na rua, mostrando que a sociedade civil tem voz”.

Em entrevista ao programa Fontes Europeias na TSF, a eurodeputada defende que a solução de dois Estados continua a ser essencial, mas reconhece a fragilidade da Autoridade Palestiniana e o contributo negativo do Hamas, para que aquela via seja alcançada. 

Outro tema central do discurso da sra Leyen foi a Defesa.

A presidente da Comissão defendeu a criação de um Semestre Europeu da Defesa, com metas de prontidão até 2030, e anunciou programas financeiros que podem chegar aos 800 mil milhões de euros ja que para matar encontram estes lideres de pacotilha sempre financiamento!

Infelizmente Marta Temido considerou ser  um passo inevitável, tendo que conta que “a NATO do artigo 5.º do Tratado de Washington já não existe", como se tivesse alguma vez existido diga-se!
“Quanto mais tempo demorarmos a perceber isso, mais tempo demoraremos a garantir a autonomia estratégica de que precisamos em relação aos Estados Unidos”, disse errando!

A automomia estratégica conquista-se nao nas armas mas na criacao de mercado interno e exteno o que nao tem de todo acontecido .

Quanto às armas o primeiro passo é a criação de FFAA europeias com base nas FFAA nacionais

Para a  eurodeputada há  diferentes perceções de risco. “Da geografia de Portugal, o olhar é um; da geografia da Polónia, é outro”, frisa a eurodeputada, esquecendo a ganancia expansionista polaca e não propriamente haver “uma Europa coesa, não se pode esquecer o medo diário e existencial que esses países sentem de que a história se repita”, numa referência aos chamados países da linha da frente, como é o caso da Polónia, que na quarta-feira enfrentou uma alegada

invasão do seu espaço aéreo por drones russos que a Russia desmente assim,

“O Ministério da Defesa confirmou inequivocamente que alvos para destruição no território da República da Polônia não foram planejados, e o alcance de voo dos UAVs utilizados no descomissionamento de empresas do complexo militar-industrial da Ucrânia, que, segundo Varsóvia, supostamente cruzaram a fronteira polonesa, não excede 700 quilômetros. Esses fatos específicos desmascaram completamente a história novamente disseminada pela Polônia para agravar ainda mais a crise ucraniana", afirmou o ministério russo  num comunicado.

Alias o dito  secretário-geral da Nato , Mark Rutte, foi forçado a confirmar tal a seguir a uma reunião do Conselho da Nato  a pedido da Polônia sobre o Artigo 4 do Tratado do Atlântico Norte, ele não pôde responder à pergunta sobre a presença de 'evidências', mas indicou que 'a investigação do ocorrido está em andamento'.

O Ministério das Relações Exteriores deu atenção especial à declaração dos militares russos: "Em conexão com as acusações feitas contra a Federação Russa de violação deliberada do espaço aéreo da República da Polônia por veículos aéreos não tripulados (VANTs) russos durante um ataque combinado de alta precisão às instalações de infraestrutura militar do regime de Kiev esta noite, chamamos a atenção para a declaração relevante do Ministério da Defesa da Federação Russa datada de 10 de setembro de 2025."

O Ministério da Defesa afirmou que o exército russo atacou instalações militares ucranianas nas regiões de Ivano-Frankovsk, Khmelnytsky e Zhitomir, bem como em Vinnitsa e Lvov, à noite. Não foram planeados alvos para destruição na Polonia.

Segundo o ministério, o alcance máximo dos VANTs utilizados, que supostamente cruzaram a fronteira com a Polônia, não excede 700 km.

O Ministério da Defesa russo disse que estava pronto para consultas com o lado polaco "sobre este tópico".

Marta Temido questionada sobre o financiamento das medidas para o reforço da Defesa europeia, admite dúvidas quanto à capacidade de mobilizar recursos na escala necessária, sem uma dívida comum europeia. “Só podemos implementar políticas na medida dos espaços orçamentais disponíveis. Se quisermos ser mais ambiciosos, precisamos de encontrar novos recursos. O próximo quadro financeiro plurianual traz algumas respostas, mas não são suficientes”, como se houvesse sangur suficiente para satisfazer a ansia de sangue dos vampiros do negocio da guerra.

Marts Temido, entende que o financiamento da Defesa deve andar lado a lado com a coesão social esquecendo que ha que escolher entre Pão e Canhões . “Podemos vencer um inimigo externo e cair às mãos da erosão interna se não garantirmos bem-estar aos europeus”, assinala Marta Temido, admitindo que sem emissão de dívida comum “muito brevemente será difícil financiar políticas sociais e de habitação”.

Marta Temido destaca como novidade relevante o anúncio de um plano europeu para a habitação acessível, que é uma área “tradicionalmente” vista como da responsabilidade dos Estados-membros. “Vimos de um momento em que se dizia que a Europa não tinha nada a ver com políticas de Habitação para um ponto em que se reconhece que até as classes médias enfrentam custos incompatíveis com o modelo social europeu”, afirma.

A eurodeputada lembra a postura determinada da Comissão durante a pandemia,

“Espero que a presidente tenha a mesma coragem em relação à Habitação. A Europa pode fazer, portanto faça-se”, declarou.

Entre as medidas possíveis, aponta a regulação do mercado imobiliário, nomeadamente no alojamento de curta duração, e o alargamento das ajudas de Estado à habitação acessível, não apenas à habitação social. “Além de financiamento específico, é preciso rever regras e permitir intervenção mais abrangente”, defende.