A 15.ª Bienal Manifesta começa hoje em Barcelona com participação portuguesa

A catalã Barcelona recebe a 15ª edição de uma das bienais mais influentes do mundo A Manifesta que desenvolve uma análise contínua do estado da cultura europeia.

Este evento incentiva a reflexão sobre temas como os desafios da globalização; a defesa do espaço público ou a necessidade de combinar o progresso social com a proteção ambiental.

Por isso a sua organização privilegia os pensares, as vozes e as histórias locais, a partir de pesquisas das cidades anfitriãs nos dois anos anteriores.

Esta Manifesta 15 terá como epicentro a região metropolitana de Barcelona sendo a maior edição da história da bienal, e expandindo-se para outras 11 cidades: Badalona, Cornellà de Llobregat, El Prat de Llobregat, Granollers, Hospitalet de Llobregat, Mataró, Sabadell, Sant Adrià de Besòs, Santa Coloma de Gramenet, Sant Cugat del Vallès e Terrassa.

Pretende assim explorar modelos alternativos de como descentralizar a cultura contemporânea na Catalunha e por isso espaços como Les Tres Xemeneies e Casa Gomis (um exemplo de arquitetura racionalista) serão abertos ao público, e o evento girará em torno de três clusters temáticos: Equilibrar conflitos; Cuidar e cuidar de nós mesmos e Imaginar futuros.
Esta bienal, irá acontecer ao longo de 12 semanas - até 24 de novembro - em 12 cidades da região metropolitana de Barcelona. Nela também participarão artistas portugueses por via de um acordo de cooperação internacional estabelecido entre Direção-Geral das Artes (DGArtes) e a Fundação Manifesta, "que visa apoiar a participação de artistas portugueses e residentes em Portugal" na 15.ª Manifesta.

De acordo com a DGArtes, Carlos Bunga criou para a bienal "uma instalação que combina escultura, pintura, desenho, performance e vídeo", a ser apresentada no espaço da estação elétrica Tres Xemeneies e já Hugo Canoilas irá apresentar a obra "Rambo Rimbaud", no Museu de História Natural.

Diana Policarpo leva ao espaço CIBA, em Santa Coloma, a obra "Ciguatera", uma instalação de larga escala dedicada ao mapeamento das histórias coloniais através do rastreio da biodiversidade, no quadro de uma colaboração com a Bienal de Helsínquia.

Já Maja Escher vai mostrar o projeto "Quantas vezes dorme a água?" nos espaços da estação elétrica Tres Xemeneies e Casa Gomis.

No programa da 15.ª Manifesta participarão entre outros, o angolano Kiluanji Kia Henda e o brasileiro Jonathas de Andrade.

A equipa artística da bienal conta este ano com a curadora portuguesa Filipa Oliveira como mediadora criativa, e é e ainda composta por 11 representantes artísticos de 11 cidades da área metropolitana de Barcelona.

 

Nota especial


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Joffre Justino