Esta informação vem dos  dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e num post nas redes sociais, Lula destacou a importância do resultado para o mercado de trabalho e reforçou uma mensagem que tem repetido desde o início do ano: “2025 é o ano da colheita”.

"PIB crescendo é mais emprego e renda na mão dos brasileiros e das brasileiras. 2025 é o ano da colheita", escreveu o presidente.

O PIB brasileiro atingiu R$ 11,7 triliões ao longo de 2024, registrando um crescimento de 3,4% em relação ao ano anterior. O resultado foi impulsionado pelos setores de serviços e indústria, o que acentuou  o melhor desempenho economico do país desde 2021.

No último trimestre do ano, o PIB avançou 0,2% face  ao período anterior, o que demonstrou  uma estabilidade no ritmo de expansão economica.

Segundo  Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, as atividades que mais contribuíram para esse avanço foram “outras atividades de serviços” (5,3%), indústria de transformação (3,8%) e comércio (3,8%), setores responsáveis por cerca de metade do crescimento total do PIB em 2024.

O setor industrial registrou crescimento de 3,3% no ano, em especial para a construção civil, que teve uma expansão de 4,3%, impulsionada pela geração de empregos e pelo aumento da produção de insumos e do crédito.

A indústria de transformação também se destacou, com um crescimento de 3,8%, enquanto o setor de eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos cresceu 3,6%.

O setor de serviços,  a maior fatia da economia brasileira, teve um crescimento de 3,7%, sendo  o principal motor do PIB em 2024. O  comércio, o transporte e os serviços financeiros apresentaram bons desempenhos, refletindo a retomada do consumo e o aumento na circulação de mercadorias.

  a agropecuária sofreu uma retração de 3,2%, impactada por condições climáticas adversas que afetaram a produtividade de culturas essenciais.

A soja, o principal produto do agronegócio brasileiro, teve uma queda de 4,6% na produção anual, enquanto que o milho recuou ainda mais, com retração de 12,5%.

O principal factor que impulsionou o crescimento do PIB em 2024 foi a despesa de consumo das famílias, que avançou 4,8% em relação a 2023.

Esse resultado positivo foi influenciado por programas de transferência de rendimentos do governo, pela melhoria no mercado de trabalho e pela redução na taxa de juros ao longo do ano.

Os investimentos produtivos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), cresceram 7,3%, enquanto os gastos do governo tiveram uma expansão mais modesta, de 1,9% no ano. No setor externo, as importações de bens e serviços cresceram 14,7%, enquanto as exportações avançaram 2,9%.

A taxa de investimento subiu para 17,0% do PIB, acima dos 16,4% registrados no ano anterior, enquanto a taxa de poupança caiu para 14,5%.