Trata-se de um aumento de 7,6% comparativamente ao salário mínimo em vigor na região (850 euros) e representa o maior aumento salarial do país, acima dos 870 euros do Salário Mínimo Nacional e dos 913,50 nos Açores previstos para 2025.
O salário mínimo na Madeira passa, assim, a ser superior em 45 euros ao nacional. Atualmente, o Salário Mínimo Nacional é de 820 euros e nos Açores de 861 euros.
Ana Sousa sublinhou que o aumento posiciona a Madeira na "liderança do valor da Retribuição Mínima Mensal Garantida em todo o território nacional, incluindo o insular" no próximo ano.
Apesar de terem votado a favor, os partidos oposição - PS, JPP, Chega, IL e PAN - criticaram o Governo Regional por ter recusado sempre ao longo dos anos propostas de aumento superiores a 3%, para agora avançar com o maior acréscimo de sempre, uma atitude que classificaram de "eleitoralista".
Na verdade considera-se que o Orçamento da região para 2025 foi chumbado e na próxima semana será debatida e votada a moção de censura ao executivo apresentada pelo Chega.
As propostas de Orçamento e Plano de Investimento foram rejeitadas na discussão na generalidade, que decorreu na segunda-feira, com os votos contra de PS, JPP, Chega, IL e PAN. PSD e CDS-PP, que têm um acordo parlamentar, insuficiente para garantir a maioria absoluta, foram os únicos a votar a favoxr.
Ana Sousa justificou o aumento do salário mínimo com o crescimento económico da região, vincando que a proposta atende ao registo de 126 mil pessoas inseridas no mercado de trabalho, um "número recorde" de população ativa empregada, sendo a taxa de desemprego de 5,7%, abaixo da média do país (6,1%).
A governante destacou também o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) regional acima da média nacional, ultrapassando os 6,6 mil milhões de euros em 2023 e com previsão de atingir 7,1 mil milhões de euros este ano.
"Para 2025, o crescimento da Região deverá ser idêntico ao de 2024 e ligeiramente superior ao nacional com o PIB a rondar os 7,5 mil milhões de euros", adiantou.
A oposição reagiu, defendendo em bloco que este crescimento deveria refletir-se não apenas no aumento do salário mínimo, mas sobretudo no aumento do salário médio.