Lula advertiu que algumas guerras começaram exatamente pelas divergências comerciais, e passou a criticar as tarifas comerciais impostas por Trump.
"Ouvi o discurso de que a globalização era a solução para todos problemas da humanidade. Confesso, acho muito estranho que o país que simbolizou desde a Segunda Guerra Mundial a esteira da democracia e do livre comércio, tenha dado a guinada que deu nos últimos dias promovendo a maior política de taxação comercial que o mundo já tomou conhecimento, em defesa de alguma coisa que não sabemos o que pode acontecer e na expectativa de que o multilateralismo pode estar sendo jogado no lixo, dando lugar a um protecionismo que nunca ajudou ninguém".
Lula alertou contra uma nova guerra fria e avisou que o Brasil não tomará partido. "A nenhum país do mundo interessa uma guerra fria".
Lula promoverá a integração regional, pautada pelas relações comerciais abertas e de forma soberana e pediu maior união entre os países da região: "Devemos formar um bloco como a União Europeia, como a ASEAN, com instituições que garantam seguridade. Temos que ter uma estrutura institucional independentemente de quem seja o presidente da República".
Lula promoverá a integração regional, pautada pelas relações comerciais abertas e de forma soberana.
Lula pediu maior união entre os países da região: "Devemos formar um bloco como a União Europeia, como a ASEAN, com instituições que garantam seguridade. Temos que ter uma estrutura institucional independentemente de quem seja o presidente da República".
"Empresários de toda a região devem procurar recursos nos países uns dos outros, utilizando-se de todas as complementaridades para fazer-nos crescer", afirmou o presidente. "Por muitas décadas esperávamos que os EUA e a Europa nos deixariam ricos, outra hora a China, mas o que precisamos é nós mesmos ficarmos ricos aqui", seguiu.
Lula lançou um alerta caso os países da região não possuam "coragem" para reagir a esse cenário: "Temos que dar crédito a nós mesmos. Esse é o momento de criar coragem e decidir como vamos fazer. Não queremos privilegiar os interesses de outros povos e sim os dos nossos. Não há outra saída. Temos que abrir as portas, tendo em mente que os dois lados devem ganhar, como numa rodovia de duas mãos".
E finalizou defendendo maior abertura comercial do Brasil, com foco especial na América do Sul, destacando o potencial de ampliar a relação com o Chile em setores estratégicos: "Imagine nosso potencial em minerais críticos, com a IA na linguagem latino-americana, sem copiar da China ou EUA. Precisamos ter a coragem de fazer isso".