Rui Tavares, deputado único do Livre, entendeu e bem, dizer esta quinta-feira, 09.11, que Portugal enfrenta uma verdadeira "crise de regime" e não somente uma crise política.

E defendeu ainda e nós concordamos que não só está crise não se resolve com as eleições, como que o "processo orçamental está esvaziado".

"Não há como dourar a pílula: o que temos à nossa frente, quem dera que fosse apenas uma crise política que se resolvesse com eleições. É mais sério do que isso, é uma crise de regime que todos nós temos de contribuir para debelar", disse Rui Tavares numa primeira reação à decisão do PR MRSousa, de dissolver o parlamento e marcar eleições legislativas antecipadas para 10 de março.

Aliás o argumento da demissão apresentada pelo primeiro-ministro, António Costa em nada justifica a convocação de eleições que surge como as anteriores antecipadas para dar poder ao PR como o Estrategizando já explicou!

Diz o deputado único do Livre, "é preciso mudar a prática política em Portugal" e também "mudar a cultura de poder", mas nós defendemos que urge dar mais Poder à Participação e à Cidadania !

"A maneira como nós vamos passar o ano dos 50 anos do 25 de Abril não é a comemorar o 25 de Abril, é a salvar o 25 de Abril", disse Rui Tavares e com bastante razão!

Para Rui Tavares, "as eleições são o tempo dos partidos", mas perante a situação atual do país e as "as relações entre poder político, poder judiciário e comunicação social", é preciso "uma espécie de renovação cívica" da democracia que "precisa do alerta de todos e que vai muito para lá das eleições".

Sobre o `timing´ do ato eleitoral e o acautelar da aprovação do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), Rui Tavares recordou que o partido "defendeu que as eleições fossem o mais depressa possível porque neste momento, ao dia de hoje, o processo orçamental está esvaziado".

"As audições com os ministros não têm novidade nenhuma, não há nenhum ministro ou ministra que se sinta mandatado para responder às ideias que o Livre todos os dias traz para cima da mesa", disse.

No entanto, o deputado do Livre garantiu que respeita a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa, já que "também há argumentos ponderosos a favor de fechar este orçamento e tê-lo aprovado".

O que é um absurdo pois o problema começa por estar a montante do OE24 e continua com o mesmo OE24 pois como alguém entende normal o forçar-se um partido a gerir o país com o seu programa e o OE de outro partido ?

Por isso chamamos já este OE de OE Alheira !

Joffre Justino

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