Estamos, portanto, a falar de uma percentagem significativa de cidadãos claramente negligenciados pelas políticas de mobilidade da gestão do Sr. Moedas e da coligação PSD/CDS.
Se este senhor fosse gestor de uma empresa privada, a mesma já teria falido devido à sua inoperância. Não se compreende, por isso, que ainda tenha a ousadia de se apresentar como presidente da Câmara Municipal de Lisboa, a capital do nosso país e uma das cidades mais antigas do mundo.
A falta de respeito pelos cidadãos mais vulneráveis é apenas a ponta do icebergue. Lisboa enfrenta uma série de desafios estruturais e de governança que não estão a ser enfrentados com a seriedade necessária. É impossível ignorar os jardins ao abandono, os problemas crónicos de higiene urbana, a ausência de planeamento sustentável e a falta de visão cosmopolita por parte desta equipa autárquica.
Além disso, a crise habitacional em Lisboa tornou-se um problema incontornável. A cidade está cada vez mais inacessível para os seus próprios habitantes, com rendas insustentáveis e a ausência de políticas eficazes de habitação acessível. Enquanto isso, a mobilidade urbana continua a ser um desafio diário, com transportes públicos sobrecarregados, tarifas elevadas e uma infraestrutura degradada.
Por outro lado, a incapacidade de atrair e implementar soluções inovadoras e ecológicas demonstra uma falta de compromisso com a sustentabilidade. Num momento em que as grandes cidades globais estão a investir em energias renováveis, na criação de ciclovias seguras e na redução de emissões, Lisboa parece estar a perder terreno no cenário internacional.
Lisboa merece mais: uma gestão que valorize todos os seus cidadãos, independentemente da idade ou condição, e que coloque a cidade no mapa global como exemplo de inovação, inclusão e sustentabilidade. Para tal, é preciso liderança, visão e, sobretudo, ação concreta.