Mas, curiosamente tive uma relação familiar com ele…
Enfim, retomemos o tema lembrando que quando cheguei a Portugal “ o Pereira de Moura” era respeitado pela coragem pacifica em opor-se ao regime, na altura de Marcelo Caetano, nas eleições de 1969 mas mais que isso pela forma como incentivou a democratização do sistema de ensino no entao ISCEF.
Com a liderança dos então estudantes Felix Ribeiro, Ferro Rodrigues, Julio Dias, Joao Duarte Carvalho, isabel Patrocínio, Teresa de Sousa e depois o Carlos Pratas, o Didas, o Vitor Nogueira, o Fernando Ribeiro, a Luisa Sanches, o Francisco e o Vasco Cal, a Manel Aranda, a Guida Magalhaes, eu proprio, o sistema de ensino foi amplamente democratizado com a avaliação em grupo por trabalhos de grupo, sistema acolhido por assistentes de uma nova e nada cinzenta geração como o César Oliveira, e onde o professor Pereira de Moura era o verdadeiro guru, mesmo quando criticado, de uma geraçao que se fez na contestação ao modelo de ensino fascista.
Recordo para caraterizar o professor Pereira de Moura uma aula em inicio do ano letivo onde nós maoistas fomos por ele brilhantemente derrotados porque nos brindou, a nós e a todos os restantes alunos, com uma liçao sobre o fracasso da lusa economia e a consequente inevitabilidade das Independências das ex colonias base da economia de guerra do imperio.
Nao o professor Pereira de Moura nunca gostou de mim, e eu tambem nunca tive qualquer relação especial com ele, apesar de temporariamente genro nunca foi um “instrumento ao serviço estrito do PCP” e muito menos se empenhou “em destruir a economia e os fundamentos da democracia nascente”.
Pelo contrario, bom keynesiano que foi defendeu e procurou aplicar o sao princípio da distribuição da riqueza e tal como fez no ISCEF procurou ver nascer uma lusa economia democratizada!
E foi tal que nos foi ensinando em aulas onde nunca vimos um pingo que fosse de comunismo ou sequer de marxismo
E foi essa distribuição da riqueza e a tentativa de democratização da economia que impediu, com as nacionalizaçoes, que Portugal nao abrisse falencia!
Mais valia pois agradecer ao professor Pereira de Moura a sua visão em logica de ‘sociedade aberta’ à Soros!