Não sou um heroi sou somente um resistente e de pouca fibra diga-se mas mesmo assim azar meu em 1992 voltei a ser preso/retido em Luanda por uma semana e acrescento retido porque preso estive uma manha tarde e noite sendo que a seguir estive o que o MPLA chamou de “retido na esquadra”, onde dormi no chão ( exceto por uma noite..)..
Com atraso de 24h decidi fazer uma homenagem a Dias Coelho e a todos os assassinados pela Pide onde incluo as 10 mil baixas de militares, e as mais de 45 mil civis e agentes de movimentos de libertação nacional teriam sido mortos por uma estupida guerra que um ministro da defesa fascista quis impedir sem conseguir, e que o livro “Os Números da Guerra de África", de Pedro de Sousa, relatam desmentindo os tais “dados oficiais”!
E desenvolvo esta reflexão com base em apontamentos retirados de um site, Memoria Comum e em um poema de Jose Afonso, de um outro d’Os Trovante e outro de Ary dos Santos para lembrar Jose António Ribeiro dos Santos assassinado a 12.10.1972!
Sou, como o meu irmao Fernando, um dos 29500 presos politicos e o nosso nome honra a nossa republicana família ao estarmos nessa lista ali ao Metro do Chiado num processo que relato sem esquecer os assassinados pela pide aqui deixando seus nomes !
“Aos cerca de 29.500 detidos que constam dos 148 livros do Registo Geral de Presos, correspondendo ao período 1933 - 1974, há a acrescentar os milhares de presos entre 1926 e meados dos anos 30, cujos Cadastros Políticos também constam do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, e os milhares de africanos aprisionados em cada uma das colónias, sabendo-se, ainda, que em momentos de detenções massivas nem todas as vítimas foram individualizadas.”
(https://memoriacomum.org/presos-e-perseguidos-politicos)
* Apelo à criação de Um Memorial aos Presos Políticos!
Excelentíssimo Senhor
Presidente da República
Presidente da Comissão Nacional das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril
Lisboa, 4 de outubro de 2023
Excelência,
Em 25 de abril de 2019, foi inaugurada na Estação Baixa-Chiado do Metropolitano de Lisboa, na sequência de uma iniciativa cidadã dos signatários, a versão digital do Memorial aos Presos e Perseguidos Políticos (1926-1974) – que ali permaneceu um ano.
Em 19 de maio de 2021, na sequência das propostas apresentadas, a Câmara Municipal de Lisboa aprovou, por unanimidade, a construção do Memorial aos Presos e Perseguidos Políticos (1926-1974), a instalar no Largo da Boa-Hora.
Em 21 de julho de 2022, elementos da comissão organizadora da iniciativa cidadã para a construção do Memorial aos Presos e Perseguidos Políticos (1926-1974) reuniram com o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, eng. Carlos Moedas. Aí foi reafirmado que a concretização do Memorial deveria estar incluída no cinquentenário do 25 de abril de 1974, manifestando o Presidente da CML o seu interesse em que o processo avançasse rapidamente, prevendo-se a designação a curto prazo da comissão de acompanhamento programada, que incluiria representantes dos proponentes.
Infelizmente, até à presente data, não se verificou qualquer ação daquela Câmara Municipal, apesar de alguns contactos verificados, a que, no entanto, não foi dada continuidade.
De igual modo, na reunião pública da Câmara Municipal de Lisboa de 27 de setembro de 2023, onde a questão foi suscitada, não se verificou nenhum esclarecimento sobre a situação, mas tão-só uma formulação genérica: “estamos a prever que nas Comemorações do 25 de Abril vamos ter este monumento aos presos políticos”.
Considerada a criação e os objetivos da Comissão Nacional das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, afigura-se aos signatários que a edificação do Memorial aos Presos e Perseguidos Políticos (1926-1974) se integra plenamente nos eixos estruturantes das comemorações, assegurando a justa homenagem devida aos muitos milhares de cidadãos que sofreram as perseguições do regime ditatorial, pagando muitas vezes com a morte o seu empenho na luta pela liberdade, sem esquecer o sofrimento das suas famílias e companheiros.
É assim que vimos propor a Vossa Excelência a inclusão da edificação do Memorial aos Presos e Perseguidos Políticos (1926-1974) no Programa das Comemorações, assegurando a necessária articulação com a Câmara Municipal de Lisboa, que assumiu a sua construção.
C/C
Primeiro-Ministro
Ministro da Cultura
Presidente da Comissão Executiva das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril
Antecipadamente gratos pela atenção dispensada, com os melhores cumprimentos
Alfredo Caldeira
Artur Pinto
Diana Andringa
Helena Pato
Joana Lopes
João Esteves
Luís Farinha
Margarida Tengarrinha
Sara Amâncio
Rita Veloso
Assembleia Municipal de 27-09-2023
Na 109.ª reunião pública da CML, realizada a 27-09-2023, a questão do Memorial aos Presos e Perseguidos Políticos (1926-1974) foi suscitada pela Vereadora do Bloco de Esquerda, Beatriz Gomes Dias, na sequência do memorando enviado ao Presidente e Vice-Presidente da Câmara e a todos os restantes Vereadores. O Vereador Diogo Moura interveio seguidamente, nos seguintes termos: "Relativamente ao Memorial dos Presos Políticos, quero dizer à senhora Vereadora que será agora emitido um novo despacho para a constituição de um novo grupo porque foram alterados os membros do mesmo e, portanto, estamos a prever que nas Comemorações do 25 de Abril vamos ter este monumento aos presos políticos e, portanto, já estamos em contacto com a entidade e logo que esteja formalizado os elementos do novo grupo de trabalho, voltamos ao trabalho sobre esta matéria." Nenhum outro Vereador se pronunciou sobre a matéria e, muito menos, o Presidente da Câmara.
O Executivo da CML e o Memorial, 13 de setembro de 2023
Em mensagem dirigida a cada um dos elementos que integram o Executivo da CML, insistimos pelo rápido esclarecimento da situação do Memorial, nos seguintes termos:
"Em 11 de julho do corrente ano, dirigimos ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa a carta anexa, solicitando esclarecimento urgente da situação do Memorial aos Presos e Perseguidos Políticos, aprovado por unanimidade na reunião extraordinária da Câmara Municipal de Lisboa de 19-05-2021 e que, até agora, não conheceu qualquer desenvolvimento que seja do nosso conhecimento.
Mais uma vez, não recebemos qualquer resposta.
Nesta circunstância, entendemos enviar a todos os vereadores do Município a presente mensagem, solicitando adequada intervenção com vista ao cumprimento atempado da decisão oportunamente adotada."
Esta mensagem foi enviada ao Presidente e Vice-Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e Vereadores/as Joana Almeida, Filipa Roseta, Diogo Moura, Ângelo Pereira, Sofia Athayde, Rui Tavares, Paula Marques, Inês Drummond, Pedro Anastácio, Cátia Rosas, Floresbela Pinto, João Ferreira, Ana Jara, Beatriz Gomes Dias.
O Memorial e a CML, 11 de julho de 2023
Mensagem enviada ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, eng. Carlos Moedas
25-04-2019: Inaugurada na Estação Baixa-Chiado do Metropolitano de Lisboa, na sequência de uma iniciativa cidadã, a versão digital do Memorial aos Presos e Perseguidos Políticos;
19-05-2021: Aprovada na reunião extraordinária da Câmara Municipal de Lisboa, por unanimidade, a construção do Memorial aos Presos e Perseguidos Políticos (1926-1974), a instalar no Largo da Boa-Hora;
21-07-2022: Elementos da comissão organizadora da iniciativa cidadã para a construção do Memorial aos Presos e Perseguidos Políticos (1926-1974) reuniram com o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, eng. Carlos Moedas. Aí foi reafirmado que a concretização do Memorial deveria estar necessariamente concluída até ao cinquentenário do 25 de abril de 1974, manifestando o Presidente da CML o seu interesse em que o processo avançasse rapidamente, prevendo-se a designação a curto prazo da comissão de acompanhamento programada.
11-07-2023: Até à presente data nada foi concretizado pela Câmara Municipal de Lisboa, pelo menos com o nosso conhecimento e apesar de alguns contactos esporádicos.
Nestes termos, solicitamos um esclarecimento urgente de V. Exa., tendo em vista a concretização da iniciativa projetada.
* Lembrando Dias Coelho
A morte saiu à rua
A morte saiu à rua num dia assim
Naquele lugar sem nome pra qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai
O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu
Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou
Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação.
De José (Afonso) a José ( Dias Coelho)
À flor da vida
à flor da vida
o peito te vararam
teu sangue derramaram
os olhos te vidraram
companheiro
À flor da vida
eis-te de olhos cerrados
debaixo da terra
da terra que amaste
vivendo sofrida
a morte e a vida
daqueles por quem vivendo lutaste
por quem lutando tombaste
companheiro
Noite após noite
aclaras de papoilas o negrume
e do meio do silêncio a tua voz
crescendo nas raízes até nós
vinha dar-nos a força de saber
da nossa força o lume
companheiro
E àqueles que se abismavam isolados
olhando em volta sem ver
uns dos outros alheados
longe estando estando perto
trazias a razão de conhecer
que eram aquilo que são
Trigo da mesma seara
pedras da mesma estrutura
homens da mesma face
gente de uma só cara
fogo da mesma luta
gotas da mesma amargura
elos da mesma classe
produtores de todo o pão
Por isso os donos lobos
mandaram que te cercassem
te prendessem torturassem
À flor da vida
de balas o teu corpo traspassaram
o peito te vararam
teu sangue derramaram
os olhos te vidraram
companheiro
Não te mataram
te juramos pela luta que lutamos que não há morte que a vença, pelos punhos que levantamos, pela dor
lágrimas que rudes faces sulcaram não tendo tua presença, não ouvindo tua voz
pelo povo te juramos, pelo amor, pelo grito que ecoou de Alcântara, mar até sempre quando teu corpo tombou
companheiro
À flor da vida
os olhos te cerraram
companheiro
Contigo que a terra com teu sangue semeaste
cerramos fileiras e em frente levaremos
a bandeira que prostrado mais alto levantaste
e à vida na flor da vida nos deixaste
companheiro
Das mãos obreiras se projecta o seu fulgor
para além dos dias gradeados
de medo e morte ensombrados que quiseste havemos de libertar
da tua luta já perto vem precisa e definida
a força que a dor e a razão frutificaram
É já antemanhã
Te juramos pela flor da vida
que nos olhos te vidraram
camarada!
( Os Trovante )
* Lembrando Jose Antonio Ribeiro Santos
POEMA DE ARY DOS SANTOS DE HOMENAGEM A RIBEIRO SANTOS
Vararam-te no corpo e não na força
e não importa o nome de quem eras
naquela tarde foste apenas corça
indefesa morrendo às mãos das feras.
Mas feras é demais. Apenas hienas
tão pútridas tão fétidas tão cães
que na sombra farejam as algemas
do nome agora morto que tu tens
Morreste às mãos da tarde mas foi cedo.
Morreste porque não às mãos do medo
que a todos pôs calados e cativos
Por essa tarde havemos de vingar-te
por essa morte havemos de cantar-te
Para nós não há mortos. Só há vivos
JOSÉ CARLOS ARY DOS SANTOS
* Da Voz do Operário nas comemorações dos 60 anos do assassinato de Dias Coelho
A PIDE assassinou Dias Coelho há 60 anos
Assinala-se no próximo dia 19 de dezembro o 60.º aniversário do assassinato de José Dias Coelho, militante e funcionário do PCP na clandestinidade. Foi ao princípio da noite na Rua dos Lusíadas que cinco agentes da PIDE saídos de uma viatura o perseguiram e alvejaram. Um dos tiros foi à queima-roupa, no peito, e outro quando Dias Coelho estava já no chão. Só duas horas depois é que os agentes fascistas o levaram, à beira da morte, para o Hospital da CUF.
Tornara-se funcionário do PCP em 1955. Trocou uma promissora carreira artística pela dedicação total à causa da luta antifascista e do socialismo. A sua tarefa era a de montar uma oficina de falsificação de documentos, bilhetes de identidade, licenças de bicicleta, cartas de condução, passaportes para a defesa dos militantes clandestinos no trabalho de organização e nas relações internacionais dos comunistas. Em 1960, José Dias Coelho passou a integrar a direção do PCP em Lisboa, com a responsabilidade do setor intelectual.
“De todas as sementes deitadas à terra, é o sangue derramado pelos mártires que faz levantar as mais copiosas searas”, esta foi a legenda da sua última gravura dedicada ao operário Cândido Martins Capilé assassinado numa manifestação popular. Hoje, esta frase encontra-se inscrita no mesmo lugar onde José Dias Coelho foi assassinado em 1961. É também neste lugar que no dia 19 de dezembro o PCP realiza um ato de homenagem depois de uma iniciativa evocativa de José Dias Coelho na antiga escola Marquês de Pombal, atual ginásio do IEFP, na Rua dos Lusíadas, às 15h.
* E com dor e com orgulho lembro os que não temeram a morte no combate antifascista!
Os que ficaram pelo caminho – Lista Actualizada
1. Abílio Augusto Belchior
Operário, 39 anos, morre em 1937 no Campo de Concentração do Tarrafal 1. Abílio Augusto Belchior
Labourer, 39 years old, died in 1937 in Tarrafal Concentration Camp
2. Abílio Sousa Marques
Encadernador, 26 anos, morre em 1937 na cadeia do Aljube 2. Abílio Sousa Marques
Bookbinder, 26 years old, died in 1937
3. Adalberto Gastão de Sousa Dias
General, 69 anos, morre em 1934 em Cabo Verde, para onde foi deportado 3. Adalberto Gastão de Sousa Dias
General, 69 years old, died in 1934 in Cape Verde, where he was deported
4. Adelino Marques de Andrade
Comerciante, 44 anos, morre em 1938 na cadeia do Aljube 4. Adelino Marques de Andrade
Trader, 44 years old, died in 1938 in Aljube Prison
5. Afonso de Moura
Cerâmico, 34 anos, morre em 1931 deportado em Cabo Verde 5. Afonso de Moura
Potter, 34 years old, died in 1931 deported in Cape Verde
6. Agostinho da Silva Fineza
Tipógrafo, 46 anos, assassinado pela PSP em Lisboa, durante a manifestação do 1o de Maio de 1963
6. Agostinho da Silva Fineza
Typographer, 46 years old, murdered by the PSP in Lisbon during the demonstration of 1 May 1963
7. Alberto de Almeida.
Pintor, 25 anos, morre em 1932 deportado em Timor 7. Alberto de Almeida
Painter, 25 years old, died in 1932 deported in Timor
8. Alberto Araújo
Comerciante, 53 anos, morre em 1950 8. Alberto Araújo
Trader, 53 years old, died in 1950
9. Alberto Serradas
Vendedor de jornais, morre em 1937 9. Alberto Serradas
Newspaper salesman, died in 1937
10. Albino de Carvalho
Comerciante, 56 anos, morre em 1941 no Campo de Concentração do Tarrafal 10. Albino de Carvalho
Trader, 56 years old, died in 1941 in Tarrafal Concentration Camp
11. Albino Coelho Júnior
Motorista, 43 anos, morre em 1940 no campo de concentração do Tarrafal 11. Albino Coelho Júnior
Driver, 43 years old, died in 1940 in Tarrafal Concentration Camp
12. Alexandre Rodrigues Morgado
Trabalhador, 51 anos, morre em 1937, na cadeia do Aljube
12. Alexandre Rodrigues Morgado Worker, 51 years old, died in 1937
13. Alfredo Assunção Diniz
Operário traçador naval, 28 anos, é assassinado em 1945 por agentes da PIDE Alfredo Assunção Diniz
Naval tracer, 28 years old, was killed in 1945 by PIDE agents
14. Alfredo Caldeira
Pintor, 30 anos, morre em 1938 no Campo de Concentração do Tarrafal 14. Alfredo Caldeira
Painter, 30 years old, died in 1938 in Tarrafal Concentration Camp
15. Alfredo Dias Lima
Assalariado rural, 19 anos, assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Alpiarça, em 1950
15. Alfredo Dias Lima
Rural worker, 19 years old, shot dead by the GNR during a demonstration in Alpiarça, in 1950
16. Alfredo Ruas
Padeiro, 24 anos, assassinado em 1932 num comício de juventude em Lisboa 16. Alfredo Ruas
Baker, 24 years old, murdered in 1932 at a youth rally in Lisbon
17. Amadeu Ferreira Piedade
Funcionário público, 63 anos, morre em 1947 na prisão do Forte de Caxias 17. Amadeu Ferreira Piedade
Civil servant, 63 years old, died in 1947 in Caxias Fort Prison
18. Américo Gomes
Serralheiro mecânico, 22 anos, morre em 1934 na Penitenciária de Lisboa
18. Américo Gomes
Mechanical fitter, 22 years old, died in 1934 in the Lisbon Penitentiary
19. Américo Lourenço Nunes Operário, morre em 1943 19. Américo Lourenço Nunes Worker, died in 1943
20. Antenor da Costa Cruz
Comerciante, 47 anos, morre em 1948 nos calabouços da PSP do Funchal durante os interrogatórios
20. Antenor da Costa Cruz
Trader, 47 years old, died in 1948 in the dungeons of the PSP of Funchal during interrogation
21. António Albino
Motorista, 53 anos, morre em 1935 21. António Albino
Driver, 53 years old, died in 1935
22. António Assunção Tavares
Operário, 29 anos, morre em 1951 em consequência da tortura 22. António Assunção Tavares
Worker, 29 years old, died in 1951 as a result of torture
23. António Augusto Dias Antunes
Militar, 64 anos, morre em 1940 deportado em Timor
23. António Augusto Dias Antunes
Military officer, 64 years old, died in 1940, deported in Timor
24. António Augusto Duque
Jornaleiro, 56 anos, morre em 1938 na cadeia civil de Bragança
24. António Augusto Duque
Day labourer, 56 years old, died in 1938 in Bragança civilian Prison
25. António Carlos Ferreira Soares
Médico, 39 anos, assassinado em 1942, em Nogueira da Regedoura, por agentes da PVDE 25. António Carlos Ferreira Soares
Doctor, 39 years old, murdered in 1942, in Nogueira da Regedoura, by PVDE officers
26. António Catarino Rebelo Serrador, morre em 1940 26. António Catarino Rebelo Pitsawyer, died in 1940
27. António Graciano Adângio
Mineiro, 27 anos, é assassinado em 1962 pela GNR em Aljustrel 27. António Graciano Adângio
Miner, 27 years old, killed in 1962 by the GNR in Aljustrel
28. António Guedes Oliveira e Silva
Motorista, 40 anos, morre em 1941 no campo de concentração do Tarrafal
28. António Guedes Oliveira e Silva
Driver, 40 years old, died in 1941 in Tarrafal Concentration Camp
29. António Guerra
Operário da Marinha Grande, 35 anos, morre em 1948, no campo de concentração do Tarrafal 29. António Guerra
Worker from Marinha Grande, 35 years old, died in 1948, in Tarrafal Concentration Camp
30. António de Jesus Branco
Trabalhador descarregador, 36 anos, morre em 1942 no campo de concentração do Tarrafal 30. António de Jesus Branco
Stevedore, 36 years old, died in 1942 in Tarrafal Concentration Camp
31. António Lopes Almeida
Operário vidreiro, 35 anos, morre na cadeia do Aljube em 1949 vítima de tortura 31. António Lopes Almeida
Glass worker, 35 years old, died in Aljube Prison as a result of torture in 1949
32. António Lourenço da Costa
Fotógrafo, 58 anos, morre em 1941 na prisão da Fortaleza de Angra do Heroísmo 32. António Lourenço da Costa
Photographer, 58 years old, died in 1941 in Angra do Heroísmo Fortress Prison
33. António Mano Fernandes
Estudante, 27 anos, morre em 1938 na prisão do Forte de Peniche por falta de assistência médica
33. António Mano Fernandes
Student, 27 years old, died in 1938 in Peniche Fort Prison due to lack of medical assistance
34. Arajaryr Campos
Secretária, 34 anos, assassinada em 1965 pela PIDE em Vila Nueva del Fresno (Espanha) 34. Arajaryr Campos
Secretary, 34 years old, murdered by the PIDE in Vila Nueva del Fresno (Spain) in 1965
35. Armando Gomes da Silva
Empregado de comércio, 23 anos, morto em Lisboa pelas forças policiais durante o 1o de Maio de 1931
35. Armando Gomes da Silva
Sales employee, 23 years old, killed in Lisbon by police forces on 1 May 1931
36. Armando Ramos
Operário gráfico, 33 anos, morre em 1934, preso pela Polícia de Informações 36. Armando Ramos
Graphic worker, 33 years old, arrested by the Intelligence Police, died in 1934
37. Arnaldo Simões Januário
Barbeiro, 41 anos, morre em 1938 no campo de concentração do Tarrafal 37. Arnaldo Simões Januário
Barber, 41 years old, died in 1938 in Tarrafal Concentration Camp
38. Artur de Oliveira
Pedreiro, 49 anos, morre em 1948 no campo de concentração do Tarrafal 38. Artur de Oliveira
Mason, 49 years old, died in 1948 in Tarrafal Concentration Camp
39. Augusto Almeida Martins
Operário caldeireiro, 23 anos, morre em 1937 na sede da PVDE, vítima de tortura
39. Augusto Almeida Martins
Boilermaker, 23 years old, died in 1937 in the headquarters of the PVDE, victim of torture
40. Augusto Costa
Vidreiro da Marinha Grande, 36 anos, morre em 1937 no campo de concentração do Tarrafal 40. Augusto Costa
Glass worker from Marinha Grande, 36 years old, died in 1937 in Tarrafal Concentration Camp
41. Aurélio Dias
Fragateiro, 30 anos, morre em 1934 na Penitenciária de Lisboa durante a tortura 41. Aurélio Dias
Frigate sailor, 30 years old, died in 1934 in the Lisbon Penitentiary during torture
42. Belmira da Conceição Santos
Estudante, 17 anos, assassinada em 1962 pela PSP na repressão da “Revolta da Água”, na Madeira
42. Belmira da Conceição Santos
Student, 17 years old, murdered in 1962 by the PSP during the repression of the “Water Revolt” in Madeira
43. Bento António Gonçalves
Torneiro mecânico, 40 anos, morre em 1942 no campo de concentração do Tarrafal
43. Bento António Gonçalves, lathe operator, 40 years old, died in 1942 in Tarrafal Concentration Camp
44. Cândido Alves Barja
Marinheiro, 27 anos, morre em 1937 no campo de concentração do Tarrafal 44. Cândido Alves Barja
Sailor, 27 years old, died in 1937 in Tarrafal Concentration Camp
45. Cândido Martins Capilé
Operário corticeiro, 28 anos, assassinado em 1961 pela GNR durante uma manifestação em Almada
45. Cândido Martins Capilé
Cork worker, 28 years old, murdered in 1961 by the GNR during a demonstration in Almada
46. Carlos Alberto Rodrigues Pato
Empregado bancário, 29 anos, morre em 1950 na prisão do Forte de Caxias 46. Carlos Alberto Rodrigues Pato
Bank employee, 29 years old, died in 1950 in Caxias Fort Prison
47. Carlos Alberto da Silva Funileiro, 34 anos, morre em 1936 47. Carlos Alberto da Silva Tinsmith, 34 years old, died in 1936
48. Carlos Eugénio Tavares
Jornaleiro, morre em 1937 na prisão da Fortaleza de Angra do Heroísmo
48. Carlos Eugénio Tavares
Day labourer, died in 1937 in Angra do Heroísmo Fortress Prison
49. Carlos Norberto de Oliveira
Morre em 1933 em consequência da tortura 49. Carlos Norberto de Oliveira
Died in 1933 as a result of torture
50. Casimiro Júlio Ferreira
Funileiro, 32 anos, morre em 1941 no campo de concentração do Tarrafal 50. Casimiro Júlio Ferreira
Tinsmith, 32 years old, died in 1941 in Tarrafal Concentration Camp
51. Catarina Eufémia
Ceifeira, 26 anos, é assassinada pela GNR em 1954, durante um protesto de jornaleiros em Baleizão
51. Catarina Eufémia
Reaper, 26 years old, was killed by the GNR in 1954, during a protest by labourers in Baleizão
52. Damásio Martins Pereira
Fragateiro, 37 anos, morre em 1942 no campo de concentração do Tarrafal
52. Damásio Martins Pereira, longshoreman, 37 years old, died in 1942 in Tarrafal Concentration Camp
53. Daniel de Sousa Teixeira
Estudante, 22 anos, morre em 1968 no Forte de Caxias, por recusa de assistência médica 53. Daniel de Sousa Teixeira
Student, 22 years old, died in 1968 in Caxias Fort, after refusing medical assistance
54. David Almeida Reis
Trabalhador, assassinado por agentes da PIDE durante a manifestação do 1o de Maio de 1964 em Lisboa
54. David Almeida Reis
Worker, murdered by PIDE officers during the demonstration of 1 May 1964 in Lisbon
55. Edmundo Gonçalves
2.o Sargento, 44 anos, morre em 1944 no campo de concentração do Tarrafal 55. Edmundo Gonçalves
2nd Sergeant, 44 years old, died in 1944 in Tarrafal Concentration Camp
56. Emídio Bandeira
Comerciante, 56 anos, morre em 1936 vítima de tortura 56. Emídio Bandeira
Trader, 56 years old, died in 1936, as a result of torture
57. Ernesto Faustino Operário, morre em 1937 57. Ernesto Faustino Worker, died in 1937
58. Ernesto José Ribeiro
Servente de pedreiro, 30 anos, morre em 1941 no campo de concentração do Tarrafal 58. Ernesto José Ribeiro
Bricklayer's mate, 30 years old, died in 1941 in Tarrafal Concentration Camp
59. Estêvão Giro
Tipógrafo, 25 anos, assassinado pela PSP durante a manifestação do 1o de Maio de 1962 em Lisboa
59. Estêvão Giro
Typographer, 25 years old, murdered by the PSP during the demonstration of 1 May 1962, in Lisbon
60. Felisberto Fernandes Berto Operário, 28 anos, morre em 1941
60. Felisberto Fernandes Berto Worker, 28 years old, died in 1941
61. Fernando Alcobia
Vendedor de jornais, 22 anos, morre em 1939 no campo de concentração do Tarrafal 61. Fernando Alcobia
Newspaper salesman, 22 years old, died in 1936 in Tarrafal Concentration Camp
62. Fernando Carvalho Giesteira
Empregado de mesa, 18 anos, assassinado a tiro no dia 25 de abril de 1974 pelos agentes da PIDE/DGS
62. Fernando Carvalho Giesteira
Waiter, 18 years old, shot dead on 25 April 1974 by PIDE/DGS officers.
63. Fernando Luís Barreiros dos Reis
Soldado, 23 anos, assassinado a tiro no dia 25 de abril de 1974 pelos agentes da PIDE/DGS 63. Fernando Luís Barreiros dos Reis
Soldier, 23 years old, shot dead on 25 April 1974 by PIDE/DGS officers.
64. Fernando Mata
Trabalhador, 65 anos, morre em 1950 64. Fernando Mata
Worker, 65 years old, died in 1950
65. Fernando Matias Rodrigues
Funcionário público, 40 anos, morre na Penitenciária de Lisboa em 1934 65. Fernando Matias Rodrigues
Civil servant, 40 years old, died in the Lisbon Penitentiary in 1934
66. Fernando Óscar Gaspar
Salsicheiro, 26 anos, morre em 1943 vítima de doença contraída durante a deportação nos Açores
66. Fernando Óscar Gaspar
Pork butcher, 26 years old, died in 1943 of an illness contracted during his deportation in the Azores
67. Francisca Colaço
Trabalhadora agrícola, 29 anos, morre em 1967 assassinada por agentes da PIDE numa casa clandestina
67. Francisca Colaço
Agricultural worker, 29 years old, murdered in 1967 by PIDE officers in a clandestine house
68. Francisco Brito
Acusado de deserção, é assassinado pela GNR em 1964, em Loulé 68. Francisco Brito
Accused of desertion, killed by the GNR in 1964, in Loulé
69. Francisco Cruz
Operário vidreiro da Marinha Grande, 27 anos, morre em 1936 na Fortaleza de Angra do Heroísmo
69. Francisco Cruz
Glass worker from Marinha Grande, 27 years old, died in 1936 in Angra do Heroísmo Fortress Prison
70. Francisco Domingues Quintas
Industrial, 47 anos, morre em 1937 no Campo de Concentração do Tarrafal 70. Francisco Domingues Quintas
Industrialist, 47 years old, died in 1937 in Tarrafal Concentration Camp
71. Francisco Esteves
Operário torneiro, 20 anos, morre em 1938 na sede da PVDE, vítima de tortura
71. Francisco Esteves
Lathe worker, 20 years old, died in 1938 in the headquarters of the PVDE, victim of torture
72. Francisco Ferreira Marquês
Empregado de escritório, 30 anos, morre em 1944 por espancamento 72. Francisco Ferreira Marquês
Office clerk, 30 years old, died in 1944 from physical abuse
73. Francisco José Pereira
1.o artilheiro marinheiro, 28 anos, morre em 1937 no campo de concentração do Tarrafal 73. Francisco José Pereira
1st artillery sailor, 28 years old, died in 1937 in Tarrafal Concentration Camp
74. Francisco Madeira
Mineiro, 41 anos, morre em 1962, assassinado a tiro pela GNR em Aljustrel 74. Francisco Madeira
Miner, 41 years old, died in 1962, shot dead by the GNR in Aljustrel
75. Francisco Nascimento Esteves
Torneiro, 24 anos, morre em 1938 no Campo de Concentração do Tarrafal 75. Francisco Nascimento Esteves
Lathe operator, 24 years old, died in 1938 in Tarrafal Concentration Camp
76. Francisco do Nascimento Gomes
Condutor, 34 anos, morre em 1943 no campo de concentração do Tarrafal
76. Francisco do Nascimento Gomes, driver, 34 years old, died in 1943 in Tarrafal Concentration Camp
77. Francisco dos Reis Gomes
Operário da Carris, morre em 1943 em Lisboa, por espancamento 77. Francisco dos Reis Gomes
Railway worker, died in 1943 in Lisbon, from physical abuse
78. Francisco de Sousa
Pescador, 22 anos, assassinado em 1935 pela GNR numa manifestação em Peniche 78. Francisco de Sousa
Fisherman, 22 years old, killed in 1935 by the GNR at a demonstration in Peniche
79. Germano Vidigal
Operário, 35 anos, morre em 1945, vítima de tortura no posto da GNR de Montemor-o-Novo
79. Germano Vidigal
Labourer, 35 years old, died in 1945, after being tortured at the GNR post of Montemor-o- Novo
80. Gervásio da Costa
Operário, 34 anos, morre em 1951 vítima de tortura na sede da PIDE em Lisboa
80. Gervásio da Costa
Labourer, 34 years old, died in 1951 after being tortured at the PIDE headquarters in Lisbon
81.Henrique Fernandes
Operário fabril, 31 anos, morre em 1945 81. Henrique Fernandes
Factory worker, 31 years old, died in 1945
82. Henrique Vale Domingues Fernandes
Grumete de manobras, 29 anos, morre em 1942 no campo de concentração do Tarrafal 82. Henrique Vale Domingues Fernandes
Cabin boy, 29 years old, died in 1942 in Tarrafal Concentration Camp
83. Herculano Augusto
Trabalhador rural, morre em 1968 por espancamento na esquadra da PSP de Lamego 83. Herculano Augusto
Rural worker, died in 1968 from physical abuse in the station of the PSP of Lamego
84. Hermínio de Oliveira Simões
Serralheiro, 39 anos, morre em 1953 na prisão do Forte de Caxias 84. Hermínio de Oliveira Simões
Locksmith, 39 years old, died in 1953 in Caxias Fort Prison
85. Humberto Delgado
General, 59 anos, morre em 1965, assassinado pela PIDE em Vila Nueva del Fresno (Espanha)
85. Humberto Delgado
General, 59 years old, died in 1965, killed by the PIDE in Vila Nueva del Fresno (Spain)
86. Inácio Severino Melo Bandeira
Militar, 54 anos, morre em 1936, deportado em Cabo Verde
86. Inácio Severino Melo Bandeira
Military officer, 54 years old, died in 1936 deported in Cape Verde
87. Jacinto Estevão de Carvalho
Jornaleiro, 30 anos, morre em 1938, tendo a PVDE informado que tinha sido libertado
87. Jacinto Estevão de Carvalho
Day labourer, 30 years old, died in 1938 after the PVDE reported that he had been released
88. Jacinto de Melo Faria Vilaça
Marinheiro, 27 anos, morre em 1941 no campo de concentração do Tarrafal 88. Jacinto de Melo Faria Vilaça
Sailor, 27 years old, died in 1941 in Tarrafal Concentration Camp
89. Jaime da Costa
Pedreiro, 18 anos, morto em 1939 pelas forças policiais, durante uma ação popular em Válega (Ovar)
89. Jaime da Costa
Bricklayer, 18 years old, killed in 1939 by the police during an action carried out by citizens in Válega (Ovar)
90. Jaime Fonseca de Sousa
Impressor, 38 anos, morre em 1940 no Campo de Concentração do Tarrafal 90. Jaime Fonseca de Sousa
Printer, 38 years old, died in 1940 in Tarrafal Concentration Camp
91. João António Barbosa Gomes Neto Empregado de comércio, 50 anos, morre em 1943 91. João António Barbosa Gomes Neto
Shop salesman, 50 years old, died in 1943
92. João Ferreira de Abreu
Serralheiro, 30 anos, morre em 1933 vítima de tortura na sede da Polícia de Informações
92. João Ferreira de Abreu
Locksmith, 30 years old, died in 1933 after being tortured at the headquarters of the Intelligence Police
93. João Guilherme Rego Arruda
Estudante, 20 anos, é assassinado a tiro, no dia 25 de abril de 1974, pelos agentes da PIDE/DGS 93. João Guilherme Rego Arruda
Student, 20 years old, shot dead on 25 April 1974 by PIDE/DGS officers.
94. João Lopes Dinis
Canteiro, 37 anos, morre no campo de concentração do Tarrafal em 1941
94. João Lopes Dinis
Construction worker, 37 years old, died in Tarrafal Concentration Camp in 1941
95. João Luís Lopes Dinis
Carteiro, 45 anos, morre em 1949 95. João Luís Lopes Dinis
Postman, 45 years old, died in 1949
96. João Marques
Trabalhador, 43 anos, morre em 1942 96. João Marques
Worker, 43 years old, died in 1942
97. João Martins Branco
Estudante, morre em 1931 numa manifestação no Porto 97. João Martins Branco
Student, dies in 1931 in a demonstration in Porto
98. Joaquim António Pereira
Servente de pedreiro, 32 anos, morre à fome e vítima de maus tratos em 1928, no presídio de Batugadé (Timor)
98. Joaquim António Pereira
Bricklayer’s mate, 32 years old, died in 1928 of starvation and ill-treatment in Batugadé Prison (Timor)
99. Joaquim de Carvalho
Ferroviário preso na Greve Geral de 18 de janeiro de 1934. Morre logo após ter sido posto em liberdade
99. Joaquim de Carvalho
Railway worker, imprisoned on 18 January, died in 1934, just after being set free
100. Joaquim Correia
Operário litógrafo, 30 anos, morre em 1946 por espancamento 100. Joaquim Correia
Lithographer, 30 years old, died in 1946 from physical abuse
101.Joaquim José da Silva Proprietário, 52 anos, morre em 1938
101. Joaquim José da Silva Landlord, 52 years old, died in 1938
102. Joaquim Lemos de Oliveira
Barbeiro, 49 anos, morre em 1957 na delegação da PIDE do Porto 102. Joaquim Lemos de Oliveira
Barber, 49 years old, died in 1957 at the Porto PIDE delegation
103. Joaquim Lopes Martins
Padeiro, 22 anos, morre em 1933 vítima de tortura na sede da Polícia de Defesa Política e Social
103. Joaquim Lopes Martins
Baker, 22 years old, died in 1933 after being tortured at the Political and Social Defence Police headquarters
104. Joaquim Luís Teixeira Magalhães
Serralheiro, 25 anos, morre em 1945 na cadeia do Aljube 104. Joaquim Luís Teixeira Magalhães
Locksmith, 25 years old, died in 1945 in Aljube Prison
105. Joaquim Marreiros
Grumete de manobras, 38 anos, morre em 1948 no campo de concentração do Tarrafal 105. Joaquim Marreiros
Cabin boy, 38 years old, died in 1948 in Tarrafal Concentration Camp
106. Joaquim Montes
Corticeiro, 31 anos, morre em 1943 no campo de concentração do Tarrafal 106. Joaquim Montes
Cork worker, 31 years old, died in 1943 in Tarrafal Concentration Camp
107. Jorge dos Santos
Marceneiro, 32 anos, morre em 1953
107. Jorge dos Santos
Cabinetmaker, 32 years old, died in 1953
108. José Adelino dos Santos
Trabalhador, 46 anos, é assassinado em 1958 pela GNR durante uma manifestação em Montemor-o-Novo
108. José Adelino dos Santos
Worker, 46 years old, was killed in 1958 by the GNR during a demonstration in Montemor-o- Novo
109. José António Companheiro
Operário canteiro, 21 anos, morre em 1945 em consequência dos maus tratos na prisão 109. José António Companheiro
Construction worker, 21 years old, died in 1945 as a consequence of physical abuse in prison
110. José António Patuleia
Assalariado rural, 40 anos, morre em 1947 vítima de tortura na cadeia do Aljube 110. José António Patuleia
Rural worker, 40 years old, died in 1947 after being tortured in Aljube Prison
111. José António Ribeiro Santos
Estudante, 26 anos, assassinado a tiro em 1972 por agentes da PIDE/DGS durante uma reunião estudantil
111. José António Ribeiro Santos
Student, 26 years old, shot dead in 1972 by PIDE/DGS officers during a student meeting.
112. José Centeio
Assalariado rural de Alpiarça, 20 anos, assassinado pela PIDE em 1957 112. José Centeio
Rural worker from Alpiarça, 20 years old, murdered by the PIDE in 1957
113. José Dias Coelho
Escultor, 38 anos, morre em 1961, assassinado pela PIDE numa rua de Lisboa 113. José Dias Coelho
Sculptor, 38 years old, died in 1961, killed by the PIDE in the street in Lisbon
114. José Dias da Costa Pereira
Servente de Pedreiro, 30 anos, morto em Lisboa pelas forças policiais durante o 1o de Maio de 1931
114. José Dias da Costa Pereira
Bricklayer’s mate, 30 years old, killed in Lisbon by the police on 1 May 1931
115. José Duarte
Sapateiro, 60 anos, morre em 1938 na prisão da Fortaleza de Angra do Heroísmo 115. José Duarte
Cobbler, 60 years old, died in 1938 in Angra do Heroísmo Fortress Prison
116. José Francisco Garcia
Trabalhador, 29 anos, morre em 1941 preso em Coruche 116. José Francisco Garcia
Worker, 29 years old, died in 1941 imprisoned in Coruche
117. José Garcia Godinho
General, 62 anos, morre em 1944 no Forte da Trafaria, por lhe ser recusado internamento hospitalar
117. José Garcia Godinho
General, 62 years old, died in 1944 in Trafaria Fort, after he was refused to be allowed to be interned in hospital
118. José James Harteley Barneto
37 anos, assassinado a tiro, no dia 25 de abril de 1974, pelos agentes da PIDE/DGS 118. José James Harteley Barneto
37 years old, shot dead on 25 April 1974 by PIDE/DGS officers.
119. José Joaquim Fuzeta Marítimo, 46 anos, morre em 1942 119. José Joaquim Fuzeta
Sailor, 46 years old, died in 1942
120. José Lopes
Pintor da construção civil, 44 anos, morre em 1950 na Penitenciária de Coimbra
120. José Lopes
Painter in the construction industry, 44 years old, died in 1950 in the Coimbra Penitentiary
121. José Lopes da Silva
Operário, 29 anos, morre em 1937 durante a tortura 121. José Lopes da Silva
Worker, 29 years old, died in 1937 during torture
122. José Machado e Melo
Sapateiro, 45 anos, morre em 1936 na prisão da Fortaleza de Angra do Heroísmo 122. José Machado e Melo
Cobbler, 45 years old, died in 1936 in Angra do Heroísmo Fortress Prison
123. José Manuel Alves dos Reis
Marceneiro, 49 anos, morre em 1943 no campo de concentração do Tarrafal 123. José Manuel Alves dos Reis
Cabinetmaker, 49 years old, died in 1943 in Tarrafal Concentration Camp
124. José Maires
Empregado de comércio, 25 anos, morre em 1939 na cadeia do Aljube 124. José Maires
Sales employee, 25 years old, died in 1939 in Aljube Prison
125. José Moreira
Serralheiro, 37 anos, assassinado em 1950 na sede da PIDE, sendo o corpo lançado por uma janela do edifício
125. José Moreira
Locksmith, 37 years old, murdered in 1950 in the PIDE headquarters. The body was thrown from a window of the building
126. José Pinto dos Santos
Marceneiro, 27 anos, morre em 1933 126. José Pinto dos Santos Cabinetmaker, 27 years old, died in 1933
127. José Vaz Rodrigues
Trabalhador, 41 anos, morre em 1948 na Penitenciária de Coimbra 127. José Vaz Rodrigues
Worker, 41 years old, died in 1948 in the Coimbra Penitentiary
128. José Vicente da Silva Costa Sapateiro, 35 anos, morre em 1943 128. José Vicente da Silva Costa Cobbler, 35 years old, died in 1943
129. Júlio dos Santos Pinto
Operário vidreiro, 22 anos, morre em 1934 vítima de tortura na cadeia do Aljube 129. Júlio dos Santos Pinto
Glass worker, 22 years old, died in 1934 after being tortured in Aljube Prison
130. Luís António Firmino
Serrador, 51 anos, morre em 1968 na cadeia de Caxias 130. Luís António Firmino
Sawyer, 51 years old, died in 1968 in Caxias prison
131. Luís Guerra Correia
Empregado da Shell, 34 anos, morto em Lisboa pelas forças policiais durante o 1o de Maio de 1931
131. Luís Guerra Correia
Shell employee, 34 years old, killed in Lisbon by the police on 1 May 1931
132. Luís Montero Gamero
Empregado de escritório, 39 anos, morre em 1945 132. Luís Montero Gamero
Office clerk, 39 years old, died in 1945
133. Manuel Agostinho Góis
Trabalhador agrícola, 42 anos, morre em 1967, vítima da tortura pela PIDE 133. Manuel Agostinho Góis
Agricultural worker, 42 years old, died in 1967, victim of torture by the PIDE
134. Manuel Augusto da Costa
Pedreiro, 58 anos, morre em 1945 no campo de concentração do Tarrafal 134. Manuel Augusto da Costa
Mason, 58 years old, died in 1945 in Tarrafal Concentration Camp
135. Manuel Coelho
Proprietário, 47 anos, morto em Lisboa pelas forças policiais durante o 1o de Maio de 1931 135. Manuel Coelho
Owner, 47 years old, killed in Lisbon by the police on 1 May 1931
136. Manuel Esteves Carvalho
Operário, 25 anos, morre em 1934 no Hospital de Leiria, transportado da esquadra da PSP 136. Manuel Esteves Carvalho
Labourer, 25 years old, died in 1934 in Leiria Hospital, after being transported there from the police station.
137. Manuel Fiúza da Silva Júnior
Trabalhador de Viana do Castelo, 69 anos, morre em 1957 durante a tortura na delegação da PIDE no Porto
137. Manuel Fiúza da Silva Júnior
Worker from Viana do Castelo, 69 years old, died in 1957 during torture in the PIDE’s installations in Oporto
138. Manuel Francisco da Silva
Pedreiro, 41 anos, morre em 1941 na Fortaleza de Angra do Heroísmo, para onde fora deportado em 1933
138. Manuel Francisco da Silva
Mason, 41 years old, died in 1941 in the Fortress of Angra do Heroísmo, where he had been deported to in 1933
139. Manuel João
Padeiro, 43 anos, morre em 1930 sem assistência médica, em Cabo Verde, para onde fora deportado
139. Manuel João
Baker, 43 years old, died without medical assistance in 1930, in Cape Verde, where he was deported
140. Manuel Joaquim Nogueira Comerciante, 46 anos, morre em 1940 140. Manuel Joaquim Nogueira Trader, 46 years old, died in 1940
141. Manuel José Barbosa Jornaleiro, morre em 1938 141. Manuel José Barbosa Labourer, died in 1938
142. Manuel Maria Valente de Pinho
Agricultor, 38 anos, morto em 1939 pelas forças policiais, durante uma ação popular em Válega (Ovar)
142. Manuel Maria Valente de Pinho
Farmer, 38 years old, killed in 1939 by the police during an action carried out by citizens in Válega (Ovar)
143. Manuel Martins
Empregado comercial, 33 anos, morre em 1937 na cadeia do Aljube do Porto 143. Manuel Martins
Sales employee, 33 years old, died in 1937 in Porto Aljube Prison
144. Manuel Pestana Garcês
Vendedor ambulante, morre na cadeia do Funchal em 1936, em consequência da tortura 144. Manuel Pestana Garcês
Street trader, died in Funchal prison in 1936, as a result of torture
145. Manuel Pinto Ribeiro Padeiro, 26 anos, morre em 1943 145. Manuel Pinto Ribeiro
Baker, 26 years old, died in 1943
146. Manuel Salgueiro Valente
Tenente-coronel de infantaria, 53 anos, morre em 1937 no Forte de Caxias
146. Manuel Salgueiro Valente
Lieutenant colonel in the infantry, 53 years old, died in 1937 in in Caxias Fort Prison
147. Manuel Simão Júnior
Operário corticeiro, 32 anos, morre em 1946, após doze anos de prisão e deportação
147. Manuel Simão Júnior
Cork worker, 32 years old, died in 1946, after twelve years of imprisonment and deportation
148. Manuel Vieira Tomé
Ferroviário, 47 anos, morre em 1934 na cadeia do Aljube, após violentas torturas 148. Manuel Vieira Tomé
Railway employee, 47 years old, died in 1934 in Aljube Prison, after violent torture
149. Mário dos Santos Castelhano
44 anos, morre em 1940 no campo de concentração do Tarrafal 149. Mário dos Santos Castelhano
44 years old, died in 1940 in Tarrafal Concentration Camp
150. Militão Bessa Ribeiro
Operário, 54 anos, morre em 1950 na Penitenciária de Lisboa, durante uma greve de fome, após nove meses de incomunicabilidade
150. Militão Bessa Ribeiro
Labourer, 54 years old, died in 1950 in the Lisbon Penitentiary during a hunger strike, after being held incommunicado for nine months
151. Paulo José Dias
Fogueiro marítimo, 39 anos, morre em 1943 no campo de concentração do Tarrafal 151. Paulo José Dias
Sailor stoker, 39 years old, died in 1943 in Tarrafal Concentration Camp
152. Pedro de Matos Filipe
Descarregador, 32 anos, morre em 1937 no campo de concentração do Tarrafal 152. Pedro de Matos Filipe
Stevedore, 32 years old, died in 1937 in Tarrafal Concentration Camp
153. Porfírio Joaquim Catarino
Jornaleiro, 36 anos, morre em 1938 na cadeia de Bragança 153. Porfírio Joaquim Catarino
Day labourer, 36 years old, died in 1938 in Bragança Prison
154. Rafael Tobias Pinto da Silva
Relojoeiro, 26 anos, morre em 1937 no Campo de Concentração do Tarrafal 154. Rafael Tobias Pinto da Silva
Clockmaker, 26 years old, died in 1937 in Tarrafal Concentration Camp
155. Raul Alves
Operário soldador, 44 anos, morre em 1958 após quinze dias de tortura. Foi lançado por uma janela da sede da PIDE, tendo sido presenciada a sua morte pela esposa do embaixador do Brasil
155. Raul Alves
Welder, 44 years old, died in 1958 after fifteen days of torture, being thrown from a window of the headquarters of the PIDE, with his death being witnessed by the wife of the Ambassador of Brazil
156. Raúl dos Santos Pimenta
Caldeireiro, 36 anos, morre em 1945 na Penitenciária de Coimbra 156. Raúl dos Santos Pimenta
Boilermaker, 36 years old, died in 1945 in the Coimbra Penitentiary
157. Rosa Morgado
Camponesa, assassinada em 1943 pela GNR em Benavente 157. Rosa Morgado
Peasant, murdered in 1943 by the GNR in Benavente
158. Rui Ricardo da Silva
Carpinteiro, 22 anos, morre em 1938 na Cadeia do Aljube, em consequência de espancamentos
158. Rui Ricardo da Silva
Carpenter, 22 years old, died in 1938 in Aljube Prison, as a result of beatings
159. Senén Vásquez Albela
Ex-Sargento, 43 anos, morre em 1956 na Penitenciária de Lisboa
159. Senén Vásquez Albela
Former sergeant, 43 years old, died in 1956 in the Lisbon Penitentiary
160. Venceslau Ferreira Ramos
Operário, 34 anos, morre em 1950 em consequência da tortura 160. Venceslau Ferreira Ramos
Worker, 34 years old, died in 1950 as a result of torture
161. Victor da Conceição
Funcionário Público, 40 anos, morre em 1934 na Cadeia do Aljube, por falta de assistência médica
161. Victor da Conceição
Civil servant, 40 years old, died in 1934 in Aljube Prison due to lack of medical assistance
162. Vítor Agostinho Pedroso Leitão
Sapateiro, 42 anos, morre em 1966 vítima de tortura, pouco tempo após ter sido libertado da prisão do Forte de Peniche
162. Vítor Agostinho Pedroso Leitão
Cobbler, 42 years old, died in 1966 as a result of torture, shortly after being released from Peniche Fort Prison.
Fomos bem mais, mas bem mais, os assassinados e presos no combate contra esse assassino de nome oliveira salazar por todo o antigo império português e que hoje a Direita quer branquear pondo o 25 de novembro a par com o 25 de abril numa demonstração de puro branqueamento da História deste país e do que foi o PREC onde se cometeram erros brutais que vao das prisões de 400 militantes do MRPP às prisoes e exílios forçados e absurdos dos derrotados do 25.11.75 militares do MFA desde a sua origem como Duran Clemente !
Mais que louvaminhar o 25 de abril de 1974, ha que reforçar nestas comemorações dos 50 anos do 25 de abril de 2974, o que de incrível ele teve, os debates políticos havidos, as movimentações socio politicas nascidas, a abertura das mentes, a liberdade absoluta de informação e expressão, o generalizado empenhamento político social, havendo que criar uma mentalidade de unidade democrática portuguesa, na diversidade do vivido!
Eis como se homenagearia adequadamente os assassinados e presos no combate antifascista e anti-colonial!
https://youtu.be/5IAlrXheQ7I
Joffre Justino
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