"A Live Nation baseia-se em condutas ilegais e anticoncorrenciais para exercer o controlo monopolista sobre a indústria dos eventos ao vivo nos Estados Unidos à custa dos fãs, artistas, promotores mais pequenos e operadores de recintos de espetáculos", explicou o procurador-geral Merrick Garland.
As práticas de preços da Ticketmaster para concertos e eventos desportivos, com taxas elevadas e falta de alternativas, há muito que são uma questão política nos Estados Unidos, com poucas medidas tomadas para libertar o mercado e gerar uma maior concorrência.
A última controvérsia relativa à Ticketmaster surgiu quando os bilhetes para a digressão de Taylor Swift entraram em pré-venda em novembro de 2022, ( a mesma do abuso em avioes privados geradores de elevada poluição ambiental.)
As interrupções de serviço generalizadas e as taxas exorbitantes causaram um alvoroço, tendo os legisladores de Washington realizado audiências para interrogar os executivos da Live Nation-Ticketmaster sobre o descalabro.
Mais ainda as autoridades estadunidenses e a sua atividade contra o Live Nation surge também no momento em que a administração Biden, segundo as sondagens, é vista pelos eleitores como não tendo feito o suficiente para travar a inflação.
Mas em comunicado, a Live Nation responde que o processo "não resolverá as questões que preocupam os fãs em relação aos preços dos ingressos, taxas de serviço e acesso a shows sob demanda".
"Chamar a Ticketmaster de monopólio pode ser uma vitória de relações públicas para o Departamento de Justiça no curto prazo, mas perderá no tribunal porque ignora a economia básica do entretenimento ao vivo".
A Live Nation, que se fundiu com a Ticketmaster em 2010, é hoje um gigante global de 22 mil milhões de dólares que produz mais de 30 mil concertos por ano para cerca de 500 artistas em digressão, através da sua rede de mais de 265 salas de espetáculos nos EUA .
Nardia M.