Em Reguengo do Alviela, uma pequena aldeia no distrito de Santarém, os habitantes enfrentam o isolamento devido à subida das águas.

As estradas de acesso estão submersas, recordando-nos da vulnerabilidade destas comunidades face às forças da natureza. 

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiu alertas sobre o elevado risco de galgamento das margens do Tejo. A combinação de solos saturados e caudais que podem ultrapassar os 2.000 metros cúbicos por segundo coloca em perigo áreas historicamente suscetíveis a inundações.

As barragens, tanto em Portugal como em Espanha, atingiram limites críticos de capacidade, obrigando a descargas contínuas que agravam a situação. Em Espanha, por exemplo, a barragem de Entrepeñas registou um aumento significativo no seu volume de água armazenada, levando à necessidade de abrir comportas que não eram utilizadas há quase três décadas.

Perante este cenário, a ANEPC aconselha a população a retirar bens e animais das zonas inundáveis e a evitar deslocações em áreas alagadas. A segurança de todos depende da adoção de medidas preventivas e da colaboração com as autoridades locais.

Esta situação serve como um lembrete poderoso da necessidade de uma gestão hídrica eficaz e coordenada entre nações, especialmente em tempos de extremos climáticos. Como disse o filósofo grego Heráclito: "Nada é permanente, exceto a mudança." Que possamos aprender com estes desafios e trabalhar juntos para proteger as nossas comunidades e o nosso ambiente.

Foto de destaque: Criada por IA