A CPLP, estará a realizar a 14.ª conferência de chefes de Estado e de Governo, em São Tomé e Príncipe, sob o lema ""Juventude e Sustentabilidade"", e quase certamente a envolver mais uma “guerrinha” diplomática entre os “da guerra eslava” e “os da Paz”.

Mas como felizmente há mais mundo que o ocidental mundo, à Lusa, o embaixador Carlos Duarte, secretário para África e do Médio Oriente do Ministério das Relações Exteriores brasileiro, afirmou que o pilar económico proposto pela Presidência cessante (Angola) deve incluir também empresas e não apenas parcerias económicas dos estados.

""O Presidente Lula deixou muito clara a prioridade [da diplomacia] para África e, evidentemente dentro da África, os países de expressão portuguesa têm um lugar muito especial"", afirmou Lula.

Ora segundo o diplomata, ""África também é uma região em evolução em desenvolvimento e essa vertente económica e empresarial é algo que é muito forte no âmbito do continente"" e, mesmo dentro da CPLP, ""há um potencial de cooperação e de atuação nessas áreas que é muito expressivo"".

""Já há uma cooperação na área, por exemplo, aduaneira e na área de bancos centrais"", mas esse é o ""embrião de uma cooperação económica"" que se pode ""desenvolver mais para o lado empresarial"", afirmou, dando o exemplo da visita a Angola, onde Lula da Silva levou 150 empresários brasileiros.

""É claro que, com o caso com Angola, o Brasil tem uma relação económica já bastante forte, mas com os demais países de expressão portuguesa isso também pode ocorrer"", aproveitando o ""efeito catalisador da língua portuguesa"" que favorece ""não apenas grandes empresas, mas também pequeno e micro empresário, aquele que desenvolve certo tipo de bem ou de serviço que pode ser facilmente reproduzido noutros países, ainda mais com a mesma expressão linguística"".

O facto de cada país da CPLP estar inserido em regiões económicas autónomas e com tendência para desenvolver projetos de livre-comércio pode ser visto como uma oportunidade porque a instalação de uma empresa lusófona noutro país ""tem um mercado muito maior e mais global"".

Alguns países já anunciaram fortes investimentos nos próximos anos do setor do petróleo e diversificação económica, como é o caso dos futuros leilões de poços em Angola, e Carlos Duarte considera que o Brasil tem condições para aproveitar essas oportunidades de investimento.

""As empresas brasileiras, em termos de construção civil ou de participação no setor de petróleo e gás, são competitivas. São empresas que têm um conhecimento técnico e uma experiência"" e ""devem ser levadas em conta dentro dos critérios"" dos concursos públicos de investimento nos países da CPLP.

No seu entender, ""as oportunidades que existem hoje na África são muito significativas. É um continente jovem, é um continente que tem um potencial de crescimento muito grande e o Brasil tem tecnologias e atividades empresariais"" que podem ser úteis.

Vale recordar que a Confederação Empresarial da CPLP nasceu por entre conflitos nada empresariais como vemos divulgados num seu comunicada de fevereiro de 2923 e esperemos que “guerrinhas” diplomáticas “à MRSousa” não ensombrem esta 14.a Conferência de chefes de Estado !

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