Ora os árabes recusaram liminarmente o plano de partilha da Palestina (Resolução 181 de 29 de novembro de 1947 da Assembleia Geral das Nações Unidas), que propunha como dissémos o estabelecimento de um estado árabe e outro judaico na região da Palestina.
Militares da Transjordânia, do Egito, da Síria, do Líbano e do Iraque invadiram a Palestina, o que teve a oposição de Israel, dos Estados Unidos, e da União Soviética e tambem Trygve Lie(Secretário-geral das Nações Unidas) que consideraram a invasao como uma agressão ilegítima.
Mas s RPChina deu o seu apoio às pretensões árabes.
Em consequência perto de dois terços dos árabes da Palestina fugiram ou foram expulsos dos territórios que ficaram sob controle judaico; e quase todos os judeus (em número muito menor) que habitavam territórios ocupados pelos árabes (como por exemplo na cidade de Jerusalém) também emigraram.
A ONU prevê que cerca de 711 mil árabes tornaram-se refugiados como consequência do conflito.
O armistício de Rodes, formalizou o controle israelita das áreas alocadas ao estado de Israel juntamente com mais de metade da área alocada ao estado árabe na Resolução.
A Faixa de Gaza foi ocupada pelo Egito e a Cisjordânia foi ocupada pela Transjordânia, até junho de 1967, altura em que Israel voltou a tomar posse desses territórios durante a Guerra dos Seis Dias.
Os palestinianos em boa parte deslocaram-se para campos de refugiados localizados em países vizinhos tais como o Líbano, a Jordânia, a Síria e para a área que mais tarde se tornaria conhecida como a Faixa de Gaza.
Até à Guerra dos Seis Dias a Jordânia controlou a Cisjordânia e o Egito controlou a Faixa de Gaza. Em 1950, a Transjordânia anexou a Cisjordânia, mas tal facto foi reconhecido apenas pelo Reino Unido.
A Guerra do Suez, de 1956, foi uma operação conjunta de Israel, Reino Unido e França, com Israel a invadirva Península do Sinai e as forças francesas e britânicas acocuparem o porto de Suez para protegerem os interesses dos investidores no Canal do Suez dada a decisão do presidente egípcio, Gamal Abdel Nasser de nacionalizar o canal.
As forças invasoras concordaram depois em retirar, sob pressão internacional, particularmente dos Estados Unidos da América e da União Soviética.
Israel retirou-se da Península do Sinai, que foi ocupada por uma força da Nações Unidas(UNEF), em troca de garantias de utilização e navegabilidade no canal, que afinal ficou sob o controle do Egito.
Período em que se reforça o Nasserismo se dá a proclamação da República Árabe Unida em 1958 e o seu colapso em 1961 acontecem as disputas entre Israel e Síria os ataques dos fedayin, principalmente a partir da Síria e da Jordânia e represálias israelitas.
Surge ainda uma revisão estrategica arabe que se alinha com a União Soviética, principal fornecedora de armas.
Entretanto no início da década de 1960, os estados árabes criam a OLP e vale recordar que no artigo 24º da carta (ou pacto) de fundação da OLP, de 1964 que diz: "Esta Organização não exerce qualquer soberania territorial sobre a Cisjordânia, sobre a Faixa de Gaza e sobre a Área de Himmah."
A Guerra dos Seis Dias decorreu entre 5 e 10 de Junho de 1967. Imposta por Israel contra o Egito e a Jordânia pois o estado israelita sentia-se ameaçado pela política pan-árabe do presidente egípcio Nasser e pela partida de forças das Nações Unidas presentes no Sinai desde 1956 e atacou preventivamente.
Israel expandiu-se territorialmente, ocupou a Cisjordânia (conquistada à Jordânia), a Faixa de Gaza a Península do Sinai (conquistadas ao Egito) e os Montes Golã (conquistados à Síria).
A parte da Cidade Antiga de Jerusalém (também chamada Jerusalém Oriental), foi tomada a 7 de junho por Israel à Jordânia, seria reunificada por Israel com a Cidade Nova, formando um único município sob jurisdição israelita. Em 1980, uma lei israelita declarou Jerusalém como capital eterna e indivísivel de Israel, mas a ocupação de Jerusalém Oriental o que é considerada ilegal do ponto de vista do direito internacional, tendo sido condenada por uma resolução das Nações Unidas.
A Guerra de Desgaste foi uma guerra entre Egito e Israel de 1968 a 1970 iniciada pelo Egito para reacapturar a Península do Sinai de Israel, o qual a havia ocupado desde a Guerra dos Seis Dias.
A guerra terminou com um cessar-fogo assinado entre os países em 1970 com as fronteiras no mesmo lugar de antes de a guerra começar.
Quando o cessar-fogo entrou em vigor, Israel havia perdido território na parte oriental do Canal de Suez para o Egito mas ganhou território a oeste do canal e nos montes Golan.
A 6 de Outubro de 1973 os exércitos do Egito e da Síria atacaram de surpresa Israel durante a celebração do Yom Kippur, com o objectivo de reconquistarem os territórios que tinham perdido.
Os egípcios e sírios avançaram durante as primeiras 48 horas, após o que o conflito começou a balançar em favor de Israel.
Na segunda semana da guerra, os sírios foram completamente expulsos das Colinas de Golã.
No Sinai ao sul, os israelitas atacaram o ponto de encontro de dois exércitos egípcios invasores, cruzaram o Canal de Suez (antiga linha de cessar-fogo), e cortaram todo o exército egípcio assim que um cessar-fogo das Nações Unidas entrou em vigor.
As tropas israelitas finalmente retiraram-se da região oeste do canal e os egípcios mantiveram as suas posições sobre uma estreita faixa no leste permitindo-lhes a reabrir o Canal de Suez e clamar a vitória.
Operação Litani foi o nome oficial da invasão de Israel no Líbano até o rio Litani.
A invasão foi um sucesso militar, já que as forças da OLP foram empurradas para o norte do rio. No entanto, o clamor internacional levou à criação das forças de paz FINUL e de uma retratação parcial israelita.
começou quando Israel atacou o Líbano, para remover os militantes Fatahliderados por Yasser Arafat do sul do Líbano, onde tinham estabelecido, durante a guerra civil do país, um enclave semi-independente.
A invasão, que levou à morte de 20 mil libaneses, foi amplamente criticada especialmente após o ataque da milícia cristã a civis palestinos da região, no episódio que ficou conhecido como massacre de Sabra e Shatila.
O ataque obteve sucesso em exilar Arafat na Tunísia, Israel se indispôs com diversas milícias muçulmanas locais (especialmente o Hezbollah), que lutava pelo fim da ocupação militar israelense.
Em 1985, Israel se retirou do território libanês, exceto por uma estreita faixa de terra designado por Israel como a Zona de Segurança Israelense.
A Resolução 425 do Conselho de Segurança das Nações Unidas confirmou que, a partir de 16 de junho de 2000, Israel tinha retirado completamente as suas tropas do Líbano, após uma eficiente campanha de resistência do Hezbollah.
Apesar das resoluções 1559 e 1583 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Hezbollah manteve ativa participação no conflito.
A Primeira Intifada (1987-1993) foi uma revolta dos palestinos, em particular os jovens, contra a ocupação militar israelense na Cisjordânia e Faixa de Gaza. Líderes da OLP exilados na Tunísia rapidamente assumiram o controle.
A Intifada se começou com uma série de movimentos pacíficos passou a ser mais violenta depois que os protestos foram brutalmente reprimidos pelo aparato de segurança israelense. Tanto os protestos quanto os movimentos militantes tomaram como inspiração o levante xiita do Líbano que, 1985, provocou a retirada das tropas israelenses da maior parte dos territórios que ocupavam no Líbano. A Intifada terminou com a assinatura dos Acordos de Oslo entre Israel e OLP.
A Intifada de Al-Aqsa começou no fim de setembro de 2000, na época em que o líder da oposição israelita Ariel Sharon e um grande contingente de guardas armados visitaram o complexo Monte do Templo/Al-Haram As-Sharif em Jerusalém e declararam a área território eterno israelita gerando motins e ataques em Jerusalém e em muitas das grandes cidades israelitas, e se espalharam por toda a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
Um grupo israelita de direitos humanos, B'Tselem, estimou o número de mortos em 3 396 palestinos e 994 israelita, embora o número seja criticado por não mostrar toda a imagem
Em 2002, a Arábia Saudita ofereceu um plano de paz no The New York Times e numa reunião da Cimeira da Liga Árabe em Beirute plano com base nas Resoluções 242 e 338 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas vai além propondo a retirada plena, a solução para o problema dos refugiados palestinos e a criação de um Estado palestino com sua capital em Jerusalém Oriental, em troca de relações totalmente normalizadas com todo o mundo árabe.
Essa proposta recebeu o apoio unânime da Liga Árabe pela primeira vez.
Em resposta, o Ministro das Relações Estrangeiras de Israel Shimon Peres disse que "… os detalhes de cada plano de paz devem ser discutidos directamente entre Israel e os palestinos, e para tornar isto possível, a Autoridade Palestina tem de pôr um fim ao terror, às atrocidades que assistimos ontem à noite em Netania", referindo-se ao ataque suicida realizado em Netânia.
Em 2005, Israel evacuou de forma unilateral as colonias e os postos militares avançados da Faixa de Gaza e do norte da Cisjordânia.
O plano de desocupação foi uma proposta apresentada pelo Primeiro-Ministro israelense, Ariel Sharon, adotada pelo governo e aprovada em agosto de 2005, para remover a ocupação permanente de Israel da Faixa de Gaza e de quatro assentamentos ao norte da Cisjordânia.
Os civis foram evacuados (muitos de forma forçada) e os edifícios residenciais foram demolidos após 15 de agosto, e a retirada da Faixa de Gaza foi concluída em 12 de setembro de 2005, quando o último soldado israelita deixou a Faixa de Gaza.
A retirada militar do norte da Cisjordânia foi concluída dez dias mais tarde.
O conflito israelo-libanês de 2006 teve início a 12 de julho de 2006, com um ataque pelo Hezbollah contra Israel.
Nasceu uma nova onda de confrontos entre Israel e o Hezbollah, que viu a capital libanesa, o único aeroporto internacional libanês, e grande parte do sul do Líbano serem atacados por Israel enquanto milícias libanesas, provavelmente do Hezbollah, bombardeavam o norte de Israel, atingindo até a cidade israelense de Haifa, ao sul do país.
Centenas de civis foram mortos, inclusive 90% das vítimas libanesas de ataques aéreos israelenses.
Mas um cessar-fogo foi assinado, entrando em vigor em 14 de agosto de 2006.
O grupo militante palestino Hamas vence as eleições em Gaza, o que provoca tensões políticas com o partido Fatah, mais moderado, que controla a Cisjordânia.
Operação Chumbo Fundido
Israel realiza um ataque de três semanas a Gaza e militantes palestinos realizam ataques com foguetes contra Israel, abastecidos por túneis provenientes do Egito com mais de 1.110 palestinos e pelo menos 13 israelitas foram mortos.
Israel mata o chefe militar do Hamas, Ahmed Jabari, desencadeando mais de uma semana de disparos de foguetes a partir de Gaza e de ataques aéreos israelenses.
Pelo menos 150 palestinos e seis israelitas foram mortos.
Militantes do Hamas mataram três adolescentes israelitas raptados perto de uma colonia judaica na Cisjordânia, o que provocou uma resposta militar israelita conhecida como “Operação Margem Protetora” ou “Borda de Proteção”
O Hamas responde com ataques de foguetes a partir de Gaza.
O conflito, que durou sete semanas, deixou mais de 2.200 palestinos mortos e em Israel, 67 soldados e seis civis foram mortos.
Resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU
A resolução reafirmou que o estabelecimento de assentamentos no território palestino ocupado desde 1967 não possui “validade legal” e constitui uma “flagrante violação sob o Direito internacional e um obstáculo para a visão de dois Estados vivendo lado a lado em paz e segurança, dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas”
EUA reconheceram Jerusalém como capital
A administração Trump reconheceu Jerusalém como a capital de Israel e anunciou que planeava mudar a embaixada dos EUA de Tel-Aviv, provocando a indignação dos palestinos.
Foram feitos protestos em Gaza, ao longo da fronteira com Israel. Mais de 170 manifestantes foram mortos.
Em novembro, Israel realizou uma incursão secreta em Gaza e pelo menos sete militantes palestinos e um oficial superior do exército israelita foram mortos.
A partir de Gaza, são disparados centenas de foguetes contra Israel.
A Polícia israelita invadiu a Mesquita de Al-Aqsa, um dos lugares mais sagrados do islamismo e o Hamas disparou foguetes contra a cidade com Israel a retaliar com ataques aéreos
De tal aconteceu mais de 200 mortos em Gaza e pelo menos 10 mortos em Israel.
Uma série de ataques mais mortais e violentos do últimos anos por parte dos palestinos
Como resposta, Israel lançou a operação militar “Quebra Ondas” na Cisjordânia
Deixou cerca de 146 palestinos e 29 israelitas mortos.
Sexto mandato de Netanyahu como primeiro-ministro de Israel com um bloco de políticos de extrema-direita levados ao poder
Janeiro de 2023
Ataque israelita em Jenin
Forças israelitas invadiram a cidade palestina de Jenin, matando nove pessoas, em 26 de janeiro
No dia seguinte, um atirador palestino matou sete pessoas numa sinagoga de Jerusalém Oriental
Israel lançou ataques aéreos surpresa em toda a Faixa de Gaza, tendo como alvo os líderes da organização militante Jihad Islâmica, que é apoiada pelo Irão.
Os ataques mataram três líderes militantes e 10 outras pessoas, incluindo quatro mulheres e quatro crianças
A 20 de junho forças israelenses invadiram Jenin e enviaram helicópteros Apache.
Dois homens do Hamas mataram quatro israelitasnos arredores da colônia de Eli
Israel efetuou o seu primeiro ataque com drones na Cisjordânia desde 2006, matando três supostos militantes.
Julho de 2023
Israel invadiu Jenin com cerca de 1.000 soldados e um ataque aéreo e terrestre apoiados por ataques de drones contra um campo de refugiados em Jenin, tendo como alvo um “centro de comando” militante.
Um ataque traiçoeiro surpresa dos militantes do Hamas, um dia após o 50º aniversário do início da guerra do Yom Kippur de 1973, por via aérea e marítima.
O primeiro-ministro israelense, Netanyahu, afirmou que país estava em guerra
Desta insustentável guerra os palestinos dizem de 67 984 até 70 000 mortos (civis e combatentes) 116 432+ feridos com 18 592 crianças
Perdas do Hamas 20 000 combatentes mortos (segundo Israel) 10 000–15 000 combatentes mortos (segundo os Estados Unidos) 20% dos combatentes mortos em combate (segundo o Hamas, até junho de 2024)