Às 08h00, a adesão à greve era de 100%.
“Estamos junto à escola em vigília desde as 07h00 para alertar para a falta de segurança e por melhores condições laborais", disse à Lusa Tiago Martinho, dirigente do STAL -- Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, que organiza o protesto.
Segundo Tiago Martinho, a greve acontece depois de episódios de insegurança recorrentes naquela escola, tendo o último sido registado em 12 de março quando familiares de um aluno invadiram a escola.
A polícia deteve duas pessoas no interior da escola e não houve vítimas a registar devido ao cordão de segurança estabelecido pelas trabalhadoras e alguns docentes, segundo o dirigente sindical.
"Estamos a falar de dois ou três episódios de falta de segurança com a entrada de alguns pais na escola para tentar agredir um aluno e noutra ocasião um professor. As trabalhadoras não se sentem seguras perante esta situação", disse.
O dirigente sindical diz que o STAL falou com a Câmara Municipal de Loures na semana passada, que não avançou com qualquer compromisso para uma solução dos problemas.
"Não queremos que haja uma polícia de choque à porta, mas sim mais policiamento de proximidade como tanto se promete, seja através da polícia municipal ou da Escola Segura da PSP para que estejam mais presentes", referiu.
Além da segurança, os trabalhadores não docentes exigem também aumento salarial e revisão das carreiras.
"Temos também aquele objetivo central de todas as lutas: aumento de salários e revisão das carreiras. Os trabalhadores têm também falta de material, até de fardamento e calçado antiderrapante", contou.
Também o presidente da APDNAP - Associação de Pais do Agrupamento D. Nuno Alvares Pereira, Ricardo Oliveira, disse hoje à Lusa que os trabalhadores decidiram avançar para o protesto após não se verificar qualquer reforço de segurança.
"A organização do protesto é do STAL, mas a associação solidarizou-se com esta ação. Os funcionários temem por novos acontecimentos do mesmo género, sentindo que está posta em causa a sua segurança e a dos professores e alunos", disse.
Ricardo Oliveira adiantou que a Associação de Pais também solicitou ajuda à DGESTE - Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares - e à Divisão de Loures da Polícia de Segurança Pública (PSP), solicitando um reforço da segurança nesta escola, não tendo obtido qualquer resposta.
"O que se pretende é um reforço da presença da polícia perto da escola, não apenas nos horários mais críticos de saída, mas também no horário dos maiores intervalos da manhã e da tarde", disse.