Quando o Pessoal não se submete o dialogo não continua alargando perspetivas … simplesmente acaba!

E entra a birra a ofensa! Tudo porque os sindicatos, CGTP e UGT, convocaram uma greve geral para 11 de dezembro contra a revisão "profunda" da legislação laboral proposta pelo Executivo.  

Este será o primeiro protesto geral desde 2013, ao  tempo da fanatica e estrangeirada troika

A CGTP e a UGT acusam entretanto o primeiro-ministro de estar a tentar "sacudir a água do capote" inventando que há interesses partidários por trás da greve geral marcada para 11 de dezembro e sublinham que o pacote laboral prevê mais de cem medidas "profundamente penalizadoras para o mundo do trabalho".

Na verdade são as declarações de Luís Montenegro, que estao em causa quando veio dizer no domingo que a greve geral convocada pels CGTP e a UGT "é incompreensível", dizendo que apenas serve para "olhar para interesses" do PCP e do PS, o que "não fica bem" ao movimento sindical…. Esquecendo o peso maioritario dos trabalhadores sociais democratas na UGT

O  primeiro-ministro considerou a greve geral "extemporânea e mesmo anacrónica", uma vez que ainda não há qualquer diploma aprovado em Conselho de Ministros

E disse no tom choramingas habitual quando confrontado com firmeza "Francamente, não consigo vislumbrar outra razão para esta posição das centrais sindicais que não seja olhar para interesses que, do meu ponto de vista, não deviam ser os prevalecentes, que é o interesse dos partidos que estão, sobretudo, ligados à gestão das duas centrais sindicais", afirmou

E concluiu Montenegro disse querer mesmo concretizar, "Estou a falar do Partido Comunista, que quer mostrar a sua existência através da sua rede sindical na CGTP, e estou a falar do Partido Socialista, que também quererá mostrar a sua existência política de oposição, aproveitando alguma preponderância que tem na UGT", sabendo que hoje o PSD domina a UGT e mesmo assim. .

O primeiro-ministro reiterou considerar a marcação da greve "extemporânea e mesmo anacrónica", uma vez que ainda não há qualquer diploma aprovado em Conselho de Ministros.

Questionado sobre o repto do Chega para que recue em algumas matérias do pacote laboral, Montenegro manifestou abertura para, quando o diploma chegar ao parlamento, falar com todos os partidos, até porque PSD e CDS-PP não dispõem de maioria para a aprovar sozinho.

O anteprojeto do Governo para revisão da legislação laboral, que está a ser debatido com os parceiros sociais, prevê a revisão de "mais de uma centena" de artigos do Código de Trabalho.

As alterações previstas na proposta a tal do  "Trabalho XXI" e que o Governo apresentou em 24 de julho é uma revisão "profunda" da legislação laboral afetando  desde a área da parentalidade (com alterações nas licenças parentais, amamentação e luto gestacional) ao trabalho flexível, formação nas empresas ou período experimental dos contratos de trabalho, prevendo ainda um alargamento dos setores que passam a estar abrangidos por serviços mínimos em caso de greve.

Caminhamos de novo para o tempo Pão e Circo à césar romano onde se deve dizer que trabalhar é um luxo para poucos