Golpe militar em Madagascar 

Entretanto o presidente Andry Rajoelina fugiu e uma votação parlamentar declarou seu impeachment.

Uma organização militar malgaxe anunciou nesta terça-feira, 14 de outubro, que assumirá o poder no país, após o presidente Andry Rajoelina ter sido destituído do cargo pelo Parlamento em meio a uma profunda crise política e social. O anúncio foi feito pelo Coronel Michael Randrianirina, que afirmou que o Exército, a Gendarmaria e a Polícia Nacional formaram um conselho militar encarregado de governar o país.

Madagascar, uma nação insular localizada no Oceano Índico, foi uma colonia francesa até 1960. Embora formalmente independente, a economia malhaxe permanece fortemente ligada a interesses externos.

A Assembleia Nacional votou a favor da dissolução com 130 votos dos 131 deputados presentes, rejeitando um decreto presidencial emitido horas antes que tentava dissolver a câmara.

Os parlamentares argumentaram que o documento não tinha validade jurídica, pois não continha selo e assinatura oficiais.

 

Andry Rajoelina

@SE_Rajoelina

 

J’ai décidé de dissoudre l’Assemblée nationale, dans le respect de la Constitution.

Ce choix s’impose pour rétablir l’ordre au sein de notre Nation et renforcer la démocratie. Le Peuple doit être à nouveau entendu. Place aux jeunes

 

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10:40 a. m. · 14 oct. 2025

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Rajoelina tinha  abandonado a capital depois de  declarar que procurava preservar a sua segurança física e evitar confrontos com as forças do Estado .

Segundo a imprensa internacional, ele tinha  fugido para um local seguro para si e a sua família.

Relatos, não oficialmente negados, indicam que ele viajou a bordo de um avião militar francês, acompanhado de sua família, para um destino desconhecido.

A demissão ocorre após mais de três semanas de protestos liderados por jovens em diversas cidades do país. Embora os protestos tenham começado devido aos frequentes cortes de água e eletricidade, eles evoluíram para críticas mais amplas à situação economica, à falta de oportunidades e ao funcionamento do governo. Neste ambiente de revolta, pelo menos 20 pessoas morreram, segundo dados não oficiais.

O desemprego juvenil e a pobreza são problemas estruturais em Madagascar . Mais de 75% da população vive abaixo da linha da pobreza e uma grande parcela dos jovens não tem acesso estável ao mercado de trabalho.

No final de setembro,os media locais  já noticiav a paralisação da administração pública como reflexo da crise institucional.

Uma unidade de elite do Exército, o Corpo de Administração de Pessoal e Serviços do Exército (CAPSAT), desempenhou um papel fundamental nesse resultado . Essa força, indtalada  nos arredores da capital, Antananarivo, recusou-se a obedecer às ordens executivas e svidou  a população que  não atiraria aos manifestantes.

Em 2009, a mesma unidade foi fundamental em um golpe que levou Rajoelina ao poder pela primeira vez.

 

African Hub

@AfricanHub_

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Soldiers in Madagascar rejected an order to shoot protestors, they joined them, escorted them while protecting them from any harm and they marched together protesting