João Ferreira, dirigente do Partido Comunista Português (PCP) e ex-candidato à presidência da autarquia, acusou recentemente o atual presidente de falhar em áreas cruciais para o bom funcionamento da cidade.
João Ferreira destacou ainda que determinados contratos celebrados pela CML não foram divulgados no portal Base.Gov, onde, por lei, devem constar todas as informações relativas a contratos públicos. Esta plataforma existe para assegurar a transparência e a fiscalização pública, algo que, segundo Ferreira, tem sido negligenciado pela gestão de Moedas. "É inaceitável que contratos envolvendo dinheiros públicos escapem ao escrutínio dos cidadãos", afirmou.
A ausência de publicação levanta questões sobre o cumprimento das normas de transparência e governação que deveriam pautar a gestão camarária. Apesar de Moedas ter sido eleito com promessas de modernização e eficiência, as acusações de Ferreira colocam em causa a credibilidade de uma administração que se apresentou como comprometida com a transparência.
Outro ponto crítico apontado por João Ferreira é a falha "clamorosa" na recolha de lixo, um dos serviços mais básicos e essenciais de qualquer cidade. "Estamos a assistir a um abandono preocupante de uma competência camarária fundamental. A má gestão da higiene urbana não é só uma questão de aparência; tem impactos diretos na saúde pública e na qualidade de vida dos lisboetas", sublinhou.
A insatisfação dos cidadãos é evidente. As redes sociais estão repletas de imagens e denúncias que mostram contentores a transbordar, ruas sujas e a acumulação de resíduos em várias zonas da cidade. Muitos moradores queixam-se da falta de frequência na recolha do lixo, o que tem levado a um aumento de pragas urbanas e ao mau cheiro em bairros emblemáticos da capital.
Enquanto a oposição aponta o dedo à má gestão de Carlos Moedas, o presidente da CML tem defendido que a situação é resultado de problemas estruturais herdados de administrações anteriores. No entanto, para críticos como João Ferreira, esta justificação já não convence. "Moedas está há tempo suficiente no cargo para demonstrar melhorias. A contínua degradação dos serviços não é responsabilidade do passado, mas sim da incapacidade atual", declarou.
Especialistas na área de gestão pública afirmam que a higiene urbana é um termómetro importante para avaliar a eficácia de qualquer administração. A falta de resposta rápida a este tipo de problemas pode minar a confiança dos cidadãos e criar um impacto negativo na imagem internacional da cidade.
Com Lisboa a enfrentar desafios de grande dimensão, desde a pressão turística até à falta de habitação acessível, a má gestão da higiene urbana surge como um símbolo das tensões entre uma visão cosmopolita e a realidade diária dos residentes. "O lixo nas ruas não é só lixo; é uma metáfora para a forma como uma cidade está a ser gerida", disse recentemente um urbanista numa conferência sobre sustentabilidade urbana.
E diz mais este dirigente do PCP, que a contratação não foi divulgada no portal Base.Gov, onde são divulgados os contratos públicos. João Ferreira denuncia tambem o sr Moedas ainda e infelizmente presidente da CML de falhar "clamorosamente naquilo que é uma competência camarária: a recolha de lixo".
Carlos Moedas tem sido alvo de muitas críticas na gestão da Higiene Urbana de Lisboa.
O certo é que nas redes sociais nao faltam as queixas dos cidadãos sobre esta area de atividade da CML.
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Enquanto falha clamorosamente naquilo que é uma competência camarária - a recolha do lixo - Moedas contratou uma empresa privada para varrer ruas (competência das juntas de freguesia) da Baixa. Uma contratação feita às escondidas, não divulgada no portal http://Base.Gov
O futuro da gestão de Carlos Moedas está, assim, sob escrutínio. Com as eleições autárquicas ainda distantes, as críticas à falta de transparência e à incapacidade de responder a problemas essenciais como a recolha de lixo prometem intensificar-se. Para muitos lisboetas, no entanto, a solução precisa de ser imediata.
Afinal, como dizia Mahatma Gandhi, "A verdadeira grandeza de uma cidade pode ser julgada pela forma como cuida das suas ruas."
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**Fontes Consultadas:
- Declarações de João Ferreira em entrevistas e eventos públicos.
- Registos do portal Base.Gov e legislação aplicável.
- Relatos e publicações nas redes sociais sobre a higiene urbana de Lisboa.
- Análises de urbanistas e especialistas em gestão pública.