Nas redes sociais de Mariana Mortágua, a própria explica que, caso o vídeo que fez tenha sido publicado, significa que "foi levada contra a sua vontade" e, por isso, pede que o Governo português seja contactado.
Pouco anda a fazer o dito governo!
Declarou Mariana Mortagua, "Muito provavelmente, se estão a ver este vídeo, é porque fui levada contra a minha vontade para uma detenção, por forças israelitas agindo contra a lei internacional. Se for esse o caso, peço-vos que contactem o governo português para que faça todos os esforços para garantir a libertação não só de mim própria, de Sofia Aparício e de Miguel Duarte, a delegação portuguesa, mas de todos os participantes desta missão", explicou a política.
Às 18h36, hora de Portugal continental, o livefeed de alguns dos barcos da flotilha foi cortado.
Perdeu-se o contacto com os navios de onde as câmaras de segurança estavam a transmitir em direto.
A embarcação Alma, uma das principais embarcações desta missão e com a presença da deputada Mariana Mortágua, que avisou todas as outras embarcações para se prepararem para a interseção depois deste alerta lançado.
Um pouco antes, foi possível ver os ativistas subirem ao convés, uns ajoelharam-se, outros sentaram-se todos à espera do momento em que entrariam no barco as forças israelitas.
Mariana Mortágua, numa curta declaração por videochamada com a RTP, contava que a interseção israelita já estava em curso.
"Posso revelar que, neste preciso momento, há um barco a aproximar-se do meu barco e, portanto, está um bocadinho confuso para poder descrever. É possível que a abordagem ao nosso barco esteja a acontecer agora mesmo. O Alma foi contactado por rádio pelas forças israelitas, a dizer que iriam parar todos os navios. E está um barco, neste momento, a abordar a nossa própria embarcação", revelou.
Vivia-se pois uma ilegalidade!
Portugal deveria expulsar a embaixada israelita em Portugal!
Entretanto o organizador da frota também afirmava, num comunicado, que os navios israelitas já estavam a cercar o Alma em ambos os lados e os ativistas estavam a posicionar-se e prontos para serem intercetados pela Marinha israelita.
Mais tarde, acabou por declarar, numa live para o Instagram, que a ação já estava a decorrer: "O navio foi intercetado contra o direito internacional."
Um outro português Miguel Duarte, relatava que eram pelo menos 20 os barcos que estavam a aproximar-se e que se recusaram a identificar-se.
Para Miguel Duarte diz havia que de lembrar que são pacíficos.
"Não há muito que possamos fazer contra isso. Vamo-nos manter fiéis aos princípios da organização e desta ação humanitária. Somos uma organização não violenta, para trazer ajuda humanitária para Gaza. Se Israel tenciona trazer meios militares para nos parar, então provavelmente vai conseguir fazê-lo", afirmou.
Um deputado italiano a bordo da Flotilha Global Sumud sublinhou esta quarta-feira que esta se encontrava a 90 milhas náuticas (cerca de 160 quilómetros) da Faixa de Gaza e que nunca houve uma missão tão perto daquele território palestiniano, depois de 10 ativistas terem sido mortos por Israel um pouco mais longe em 2019.