Cidadania
28 Outubro 2023 12:49
Francisca Van Dunem: O Farol na Tempestade das Desigualdades em Portugal
Parabéns Francisca Van Dunem!
Parabéns Francisca Van Dunem!
A história da humanidade é repleta de momentos decisivos, em que figuras extraordinárias emergem das sombras para guiar-nos através de tempestades sociais. Hoje, Portugal encontra-se numa encruzilhada dessa natureza.
Francisca Van Dunem, um ícone de resiliência e força, assume a sua identidade de mulher e afrodescendente para transformar o paradigma das minorias e das mulheres no nosso país.
É como disse Nelson Mandela, “a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”. E, neste caso, a “educação” passa pela necessidade urgente de reformar o sistema que, até então, tem fomentado disparidades gritantes. Afinal, as comunidades minoritárias não pedem por regalias, mas por igualdade e dignidade.
Ao longo dos anos, observamos políticas ineficazes que apenas põem panos quentes em feridas profundas. Estratégias paternalistas têm sido um combustível para revoltas crescentes.
Por isso, Francisca Van Dunem ergue a bandeira de uma política de quotas, não apenas como um mecanismo de correção mas como um imperativo ético.
O filósofo francês Voltaire afirmava que “todos os homens são iguais; é a educação que os torna diferentes”. E é nesse sentido que urge uma mudança de rota no parlamento português. Há muito se perde tempo com questões periféricas, enquanto a desigualdade racial e de género continua a ser uma mancha na sociedade. Não é aceitável que, no século XXI, ainda se verifiquem casos de discriminação flagrante, como crianças sendo negadas oportunidades simplesmente pela cor da sua pele.
Francisca Van Dunem, no entanto, representa mais do que uma voz: ela é a manifestação de uma exigência coletiva por justiça social e igualdade. Numa sociedade faminta
Para ultrapassar desigualdades e apaziguar as comunidades Francisca Van Dunem põe o dedo, a mão toda, na ferida e avisa, afirmando o que o Estrategizando e o Movimento CPLP com Cidadania diz aos largos anos “Existem hoje bolsas de grande revolta”!
Sim as Minorias, culturais, étnicas e sexuais, estão em tempo de crescente revolta e a tensão vai já ao nível da penalização de um dos representantes de uma das Minorias, a afro-negra, por o ser !Mamadou Ba!
Não bastam as campanhas, subsidiadas por um complacente Estado, em prol da Inserção social e cultural, não bastam já ministras e deputadas mulheres e negras ou mestiças, não basta que as populações minoritárias olhem para “o céu” e nele vejam estrelas multicolores !
Urge, ao tempo, uma política de quotas - para a maioria marginalizada que são as Mulheres e para as muito diversas Minorias, culturais, étnicas e sexuais !
É uma visão paternalista, o esconder-se as características específicas das Pessoas, visão que aliás, está na raiz das revoltas, pelo que cabe ao Parlamento e aos nossos representantes tratar com urgência do assunto !
Para tal, foram eleitos e não para questiunculazitas pseudo presidencialistas!
No parlamento perde-se tempo com demasiadas “tretas politiqueiras”, é triste dizê-lo, mas verdadeiro ( a ridicularia da CPI da TAP ), e daí o crescente absentismo e há que rápido, rápido, mudar o rumo !
Inserir significa superar marginalizações e nada como cortar pela raiz, no público e no privado, com este racismo encapotado onde uma criança, por ser escura, não pode estagiar numa empresa, como tive de viver enquanto fui diretor pedagógico de uma escola profissional !
E Francisca Van Dunem, por ser Mulher e Afro Negra assumiu a sua parte na Luta! Força !
Joffre Justino / Morgado Jr
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