"Queremos especialmente homenagear as ilhas e o povo português em 2024, ano em que se comemora o 50.º aniversário da Revolução dos Cravos, durante a qual o povo corajosamente pôs fim a décadas de ditadura salazarista", defende a organização.
O festival, que arranca na quarta-feira e decorre até domingo, vai exibir filmes dos realizadores açorianos Gonçalo Tocha, Amaya Sumpsi, Diogo Lima, André Laranjinha, Luis Bicudo e Jorge Monjardino, que vão marcar presença no evento, tal como as produtoras Diana Diegues e Sophie Barbara (que integrará o júri da competição internacional).
O Festival Internacional do Filme Insular de Groix vai mostrar, também, produções filmadas nos Açores e Madeira dos realizadores Joaquim Pinto e Nuno Leonel, Cláudia Varejão, Paulo Abreu, Rodrigo Areias, Catarina Mourão, Solveig Nordlund, Raquel Soeiro de Brito, Acácio de Almeida, Jorge Brum do Canto e Manuel Luis Vieira.
"Esta será a maior mostra internacional dedicada ao cinema açoriano que dará uma maior visibilidade aos filmes feitos nos Açores ou realizados por açorianos", lê-se no comunicado.
Serão ainda organizadas retrospetivas dedicadas aos cineastas Gonçalo Tocha (com os filmes "Balaou" e "É na Terra não é na Lua") e Amaya Sumpsi ("Meu Pescador, meu Velho" e "Entre Ilhas").
O programador Tiago Bartolomeu Costa vai apresentar seis sessões de "filmes históricos açorianos e madeirenses que foram recuperados digitalmente" e na sexta-feira, às 18:30, vai acontecer um debate sobre o tema "Fazer cinema nos Açores: realidades e perspetivas".
O festival terá a presença do escritor e realizador José Vieira, uma exposição da artista plástica e fotógrafa madeirense Georgina Abreu e as atuações dos artistas madeirenses Daniel V. Melim, Mariana Camacho e da associação Xarabanda.
O Festival Internacional de Cinema da Ilha de Groix nasceu em 2001.
Esta Ilha de Groix é um sítio natural nos arredores de Groix (Morbihan, Bretanha). Trata-se de um lugar que atrai os visitantes de passagem pela região presente no coração do Golfo da Biscaia, banhado pelas ondas do Oceano Atlântico.
Esta ilha, é assumida como uma jóia insular de Morbihan, e é um tesouro natural e cultural de impressionante beleza,localizada no costa sul da Bretanha, a poucos passos de Loriente.
Para se chegar à ilha , basta apanhar um barco em Lorient numa travessia, de cerca de trinta minutos,
No porto de Groix, o encanto da ilha faz efeito instantaneamente pois a ilha é conhecida pelas paisagens contrastantes.
A oeste, falésias espetaculares e enseadas abrigadas formam uma costa selvagem e acidentada.
A leste, descobrimos praias de areia fina, como a praia de Grands Sables, única na Europa pela sua forma convexa.
As aldeias típicas, as antigas capelas e os megálitos testemunham uma rica história e uma autêntica vida insular.
Com 15 km² de área de superfície, Groix é ideal para caminhada e passeios de bicicleta.
Segundo a local Marie Simon explica que “os primeiros portugueses chegaram para construir a barragem de Port Melin”.
Em 1965, António Teixeira, emigrante minhoto clandestino em França, fugido da ditadura de Salazar, resolve emigrar para a ilha de Groix, onde era necessária mão de obra para a construção da barragem e em agosto de 1973, vindo de Portugal para se juntar à família instalada na ilha de Groix, chegam Abílio da Silva com o seu pai, Armindo dos Santos que decidem criar uma empresa individual de construção civil, “formalizada a 1 de Março de 1979”.
Este festival, que une a beleza deslumbrante da Ilha de Groix com a rica herança cultural dos Açores e da Madeira, é uma celebração imperdível para todos os amantes do cinema e das tradições lusófonas.
Subscreva já aqui e agora faça parte desta jornada!
Antonio de Sousa