Por cá, as universidades públicas, como a Nova, e as privadas, como a Católica, têm-se mantido numa posição de submissão ao poder estrangeiro. Com exceção da Primeira República, período em que, durante 16 anos, uma minoria visionária ousou pensar o Mundo em português, sem medo de enfrentar os erros do passado, a tendência tem sido de alinhamento com as potências estrangeiras. Primeiro com franceses, ingleses e alemães, e, desde 1961, num misto de amor e ódio que evoluiu para uma paixão pura e submissa pelos norte-americanos.
É compreensível, enquanto que os europeus falam, falam, os russos lambem feridas, os estadunidenses, simplesmente fazem!
Ao contrario do imaginado quando nasceu, o Estado dos EUA, nao é do povo e para o povo, é mais e mais de uma minoria e para uma minoria isto é os EUA vivem cada vez mais num capitalismo de estado submisso ao poder dessa minoria dividida em 2 partidos o que se distingue da RPChina por um mais partido e por uma democracia construida às centenas de mailhoes por candidato presidencial, enfim o Fazer Mercado a toda a força do Dinheiro, a partir do dominio do Estado
Pouco, muito pouco libertário enfim!
Mas vamos lá ver o que significa esse conceito nas suas múltiplas variações!
Este conceito "libertário" refere-se a correntes políticas, movimentos sociais, estruturas, organizações, e, claro pessoas, que propõem a liberdade individual acima da coletiva em oposição ao Estado, como valor fundamental e que, consequentemente, inicialmente ate rejeitavam o autoritarismo na organização da sociedade e na vida privada.
Este conceito Libertário teve o primeiro uso no termo libertarian, em inglês, em 1789, quando William Belsham escreveu sobre um libertarianism no contexto da metafísica mas é um neologismo vindo do filósofo francês Joseph Déjacque em 1857, segundo uns dando denominação à proposta ética e política anti-autoritária em formação sendo um sinonimo de anarquista, o movimento político desenvolvido a partir do século XIX no contexto das diversas visoes do movimento operario e das cisoes entre Bakunine, Koprotkine, Proudhon e Marx/Engels, sobre um conjunto de teorias e práticas antiautoritárias e autogestionárias.
Este cidadao Joseph Déjacque, militante e escritor anarco-comunista, gera no francês o libertaire, como um l oposto à liberal e surge numa carta aberta a Proudhon, De l'Être-Humain mâle et femelle - Lettre à P. J. Proudhon (Do ser humano masculino e feminino - Carta à P. J. Proudhon) publicado no La Nouvelle-Orléans no mês de maio de 1857.
Nela Joseph Déjacque critica a misoginia de Proudhon e o acusa de ser um “anarquista centrista, liberal e não libertário".
Contra o conservadorismo social de Proudhon, Déjacque reivindica a igualdade dos sexos e a liberdade dos desejos numa sociedade liberta da exploração e autoridade.
Por voltas da década de 1960 o termo "libertário" voa para alem do quadro do anarquismo histórico para outra correntes políticas, como o marxismo libertário, o anarcocapitalismo, o autonomismo, o agorismo, o comunismo conselhista, o anarcocomunismo, o ecologismo social, etc.
Em 1928, Sébastien Faure, na La synthèse anarchiste (A síntese anarquista), defende a reuniao das quatro grandes correntes libertárias e em 2008, Michel Ragon, em seu Dictionnaire de l'anarchie(Dicionário da anarquia), define cinco correntes do pensamento libertário, São:
Com o aparecimento de novos movimentos contestatórios na segunda metade do século XX, os termos anarquista e libertário serão cada vez mais usados para designar realidades parcialmente distintas: o 'anarquista' permanece reservado ao partidários da abolição do Estado, do capitalismo e das religiões, enquanto que o adjetivo 'libertário' é aplicado ao conjunto de experiências militantes alternativas e antiautoritárias.
Era uma distinção semântica bem mais do que uma divergência ideológica e prática, porque esse conjunto de correntes se reencontravam sobre valores essenciais, como a igualdade, autonomia, a promoção da expressão pessoal ou a contestação do funcionamento da democracia e o Maio de 1968 marca uma inflexão, notoriamente pelo papel determinante do Movimento de 22 de marçono início dos eventos.
Com a crítica situacionista da sociedade do espetáculo, "a corrente libertária vive uma revolução cultural enorme que a permite renovar-se e conhecer uma expansão sem precedentes" Assim, o conceito de movimento libertário transborda o movimento anarquista.
Nesse contexto, existe a emergência de novos media e novas figuras intelectuais libertárias
O que é ser libertário hoje em dia? Qual é a herança do espírito de Maio de 68 atualmente? (..) O espírito de Maio enauadra três vertentes, a socialista, a democrática e a contra-cultural. Uma das heranças possíveis de Maio de 68 hoje em dia consiste em tentar encontrar um equilíbrio na prática libertária.
As práticas libertárias atuais constituem tentativas de deslocar as oposições entre reivindicações universalistas e reivindicações específicas, ações de massa e desejos minoritários, igualdade e liberdade... dentro do quadro de um retorno à crítica social.
( fim da Parte 1 )