Claro que governar há cinco dias, não é o mesmo que governar há 5 anos, nem é o mesmo que governar há cinco meses!
Não se pode exigir o pleno de responsabilidades a quem governa há uns 5 meses sendo certo que os representantes sindicais dos guardas prisionais nas n reuniões que tiveram com os dois governos foram avisando da fragilidade da segurança nas cadeias.
O Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, localizado no distrito de Lisboa é considerado de alta segurança e o Governo andou dias a pouco ou nada dizer sobre o incidente.
Rita Alarcão Júdice vai então explicar o relatório de auditoria.
O diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Rui Abrunhosa Gonçalves, pôs o lugar à disposição na manhã desta terça-feira e a ministra da Justiça, Rita Júdice, aceitou o pedido de demissão.
É definitivamente insuficiente dizer que “Entendi ser crucial dar espaço à investigação, não contribuindo para o ruído de fundo, que surge sempre nestes momentos. Ao mesmo tempo procurei reunir toda a informação possível, ouvir as explicações. Falar por falar não é meu timbre", afirmou a ministra Júdice, dizendo que está na posse de informação que lhe permite "conhecer os factos, tirar conclusões e tomar decisões", mas fez uma leitura estranhíssima do sucedido!
"Fuga de 5 reclusos é de uma gravidade extrema que não podemos desculpar", uma verdade que não é suficientemente verdade!
"A fuga de cinco reclusos, em plena luz do dia, com ajuda externa, saltando dois muros, um deles com seis metros, é de uma gravidade extrema. E é de uma gravidade que não podemos desculpar, em nome da segurança da população, na confiança que depositamos nas nossas prisões, do Estado de Direito, e também, da reputação do nosso País", declarou quem não explicou o que foi fazendo até hoje no que concerne à falta de recursos humanos em ambiente de controlo das prisões !
Rui Abrunhosa Gonçalves, diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, pôs o lugar à disposição e a ministra da Justiça, Rita Júdice, aceitou o pedido de demissão.
O advogado do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Pedro Proença, revelou, esta terça-feira, que foi encontrado "um abrigo" junto ao muro do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, no distrito de Lisboa, que terá sido usado pelos cúmplices que ajudaram na fuga de cinco reclusos, na manhã de sábado.
Ainda de acordo com o responsável, os cúmplices "têm obviamente preparação militar" e poderão integrar "unidades especiais de forças militares".
"Esse abrigo foi encontrado, o que significa que esses indivíduos estariam já há algumas horas junto ao muro do estabelecimento prisional, escondidos nesse abrigo", começou por explicar Pedro Proença, em declarações aos jornalistas, acrescentando que os cúmplices "terão pernoitado" no abrigo.
A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, explicou esta terça-feira que a fuga de cinco reclusos da prisão de Vale de Judeus, em Alcoentre, no sábado, "demorou seis minutos" e só foi detetada cerca de uma hora depois.
"A operação de fuga de cinco reclusos começou às 9h55 com a intrusão de três indivíduos no perímetro externo do estabelecimento prisional. A evasão dos reclusos teve início às 9h57. O último recluso a evadir-se ultrapassou a vedação exterior do estabelecimento prisional, às 10h01. Assim, segundo este relatório, a evasão demorou seis minutos e foram usados recursos (como duas escadas) que não existiam no interior do estabelecimento prisional", referiu.
Como é obvio não é sra ministra?
Rita Alarcão Júdice indicou, a seguir, que a fuga foi "detetada por dois guardas, quase em simultâneo, pelas 11h00", ou seja, cerca de uma hora depois, sendo que "um dos guardas estava no pavilhão da prisão e o outro circulava de viatura no perímetro interior quando se deparou com uma escada".
“O alerta dado a toda a corporação ocorre entre as 11h04 e as 11h08", acrescentou.
"Nos relatos recebidos vimos desleixo, vimos facilidade, vimos irresponsabilidade e vimos falta de comando. Também vimos decisões erradas ou ausência de decisões nos anos mais recentes. Temos fundamento para concluir que a fuga de cinco reclusos resultou de uma cadeia sucessiva de erros e falhas muito graves, grosseiras, inaceitáveis que queremos irrepetíveis", acrescentou.
Para Rita Alarcão Júdice, em conferência de imprensa esta terça-feira, o episódio resultou de uma série de "erros e falhas muito graves, grosseiras, inaceitáveis que queremos irrepetíveis".
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