Uma equipa de cientistas liderada pela Itália anunciou na segunda-feira, 15 de julho, a existência de uma caverna considerável, acessível a partir do poço mais profundo conhecido na Lua. Esta caverna está localizada no Mar da Tranquilidade, a aproximadamente 400 km do local de pouso da Apollo 11.
Os cientistas explicaram que o poço, assim como mais de 200 outros descobertos na Lua, foi formado pelo colapso de um tubo de lava. “As cavernas lunares permaneceram um mistério por mais de 50 anos. Então foi emocionante poder finalmente provar a existência de uma delas”, disseram Leonardo Carrer e Lorenzo Bruzzone, da Universidade de Trento, em comunicado à Associated Press.
No artigo publicado no periódico Nature Astronomy, os investigadores relataram que analisaram medições de radar feitas pelo Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) da NASA e compararam os resultados com tubos de lava na Terra. Os dados do radar revelam apenas a parte inicial da cavidade subterrânea. Os cientistas estimam que ela tenha pelo menos 40 metros de largura e dezenas de metros de comprimento, provavelmente mais.
A maioria dos poços lunares está localizada nas antigas planícies de lava, de acordo com os cientistas. Pode haver alguns também no polo sul da Lua, local planeado para os pousos de astronautas da NASA no final desta década. Acredita-se que nas crateras do polo sul exista água congelada, que poderia fornecer água potável e combustível para foguetões.
Durante o programa Apollo da NASA, 12 astronautas pousaram na Lua, começando com Armstrong e Aldrin a 20 de julho de 1969. As novas descobertas sugerem que pode haver centenas de poços na Lua e milhares de tubos de lava, abrindo novas perspetivas para a exploração lunar e a futura colonização.
Joffre Justino
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Foto de destaque: IA; ilustração da superfície lunar com a caverna recém-descoberta. A imagem mostra o terreno acidentado da Lua com a entrada da caverna iluminada e astronautas explorando o local. Esta descoberta destaca as novas oportunidades para a exploração e a futura colonização lunar.