Ao verificar a violação do monitoramento, a Polícia Federal notificou as forças de segurança nas fronteiras e a adidância policial no Paraguai, o que desencadeou a sua localização no terminal aéreo. Vasques havia cruzado a fronteira de carro desde Santa Catarina, aparentemente acompanhado de um cão e incentivado por um plano de fuga que incluía documentos paraguaios irregulares.
Segundo relatos das autoridades paraguaias, o ex-dirigente foi detido no aeroporto e colocado à disposição do Ministério Público do Paraguai; posteriormente foi expulso e entregue às autoridades brasileiras na Ponte da Amizade, na fronteira entre Foz do Iguaçu (Brasil) e Ciudad del Este (Paraguai).
O ministro do STF Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva de Vasques após a sua detenção, considerando que o rompimento do monitoramento e a tentativa de fuga demonstravam não só desrespeito às medidas judiciais como também risco de fuga continuada.
Silvinei Vasques esteve à frente da PRF entre abril de 2021 e dezembro de 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro. A sua gestão esteve envolvida em diversas controvérsias, incluindo acusações de interferência política, como operações dirigidas no segundo turno das eleições de 2022 com a alegada intenção de dificultar a mobilidade de eleitores em certas regiões do país — um dos elementos que constaram no julgamento do STF acerca da trama golpista.
Este episódio insere-se num contexto mais amplo de ações judiciais e prisões de figuras políticas e ex-colaboradores ligados à tentativa de golpe pós-eleições no Brasil, que também resultou em condenações e outras medidas cautelares determinadas pela mais alta corte do país.
🔗 Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, é preso no Paraguai após romper tornozeleira eletrónica — Poder360 (26/12/2025)
🔗 Ex-diretor da PRF é preso no Paraguai após tentativa de fuga — CNN Brasil (26/12/2025)
🔗 Silvinei Vasques é transferido para Brasília — Agência Brasil (27/12/2025)
🔗 Silvinei Vasques – perfil — Wikipédia PT (Acerca da carreira e contexto)