Na entrevista, Mascaro destacou que o tempo da geopolítica costuma ser mais lento do que o da política interna, só que o mundo atravessa uma fase de aceleração histórica e lembrou que os Estados Unidos, em declínio hegemonico desde a crise de 2008, não conseguiram impedir o crescimento de potências como China e a Rússia nem o fortalecimento de blocos como os BRICS.
Para este jurista, marxista, (o que deixa a inteletualidade de cá com um elevado tique de nervosinho), as sanções ao Brasil e a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros simbolizam o uso do “porrete” do imperialismo, em substituição à política da “cenoura” – quando os EUA buscavam convencer aliados com incentivos economicos e ideológicos. “Quando se abandona a cenoura e se parte para o porrete, é porque o império está em declínio”, afirmou.
Mascaro observou que o momento exige do governo Lula uma decisão estratégica: enfrentar ou ceder às pressões externas.
Ele apontou que a burguesia brasileira, historicamente submissa aos interesses dos Estados Unidos, pode buscar uma composição para preservar seus privilégios, mesmo face ao risco de prejuízos economicos.
O jurista também alertou que, se a escalada continuar, o Brasil poderá ser forçado a fortalecer laços com China, Rússia e países do Sul Global, construindo alternativas financeiras e comerciais fora da órbita do dólar e do sistema ocidental.
“Se os Estados Unidos dobram a aposta, o Brasil terá de reorganizar sua soberania econômica e política”, concluiu.
Curiosamente ate ao momento o que está em jogo é ou defender o capitalismo liberal de pendor social de Lula da Silva, ou defender o capitalismo de estado miserabilista de Trump