Mascaro  classificou as recentes sanções impostas pelo governo do presidente Donald Trump contra o Juiz  do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, como um ato de guerra que coloca o país num ponto de inflexão política.

Segundo Mascaro, a ofensiva estadunidense não mira apenas uma autoridade individual, mas o próprio Estado brasileiro. “Trump declarou guerra ao Brasil”, disse, alertando que o episódio marca o momento decisivo para o governo do presidente Lula.

Na entrevista, Mascaro destacou que o tempo da geopolítica costuma ser mais lento do que o da política interna, só  que o mundo atravessa uma fase de aceleração histórica e lembrou que os Estados Unidos, em declínio hegemonico desde a crise de 2008, não conseguiram impedir o crescimento de potências como China e a Rússia nem o fortalecimento de blocos como os BRICS.

Para este  jurista, marxista, (o que deixa a inteletualidade de cá com um elevado tique de nervosinho), as sanções ao Brasil e a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros simbolizam o uso do “porrete” do imperialismo, em substituição à política da “cenoura” – quando os EUA buscavam convencer aliados com incentivos economicos e ideológicos. “Quando se abandona a cenoura e se parte para o porrete, é porque o império está em declínio”, afirmou.

Mascaro observou que o momento exige do governo Lula uma decisão estratégica: enfrentar ou ceder às pressões externas.

Ele apontou que a burguesia brasileira, historicamente submissa aos interesses dos Estados Unidos, pode buscar uma composição para preservar seus privilégios, mesmo face  ao  risco de prejuízos economicos.

O jurista também alertou que, se a escalada continuar, o Brasil poderá ser forçado a fortalecer laços com China, Rússia e países do Sul Global, construindo alternativas financeiras e comerciais fora da órbita do dólar e do sistema ocidental.

“Se os Estados Unidos dobram a aposta, o Brasil terá de reorganizar sua soberania econômica e política”, concluiu.

Curiosamente ate ao momento o que está em jogo é ou defender o capitalismo liberal de pendor social de Lula da Silva,  ou defender o capitalismo de estado miserabilista de Trump