Os Estados Unidos entram esta quarta-feira, 1 de outubro, numa nova crise de financiamento federal, após o Congresso não conseguir aprovar o orçamento.

Trata-se do 15.º “shutdown” desde 1981, um mecanismo que suspende serviços públicos e salários de funcionários, com graves repercussões sociais, económicas e políticas.

Milhares de trabalhadores serão afastados, outros permanecerão em funções sem remuneração, e serviços como controlo aéreo, parques nacionais e museus federais deverão ser interrompidos.

O setor do turismo e as companhias aéreas alertam para atrasos e cancelamentos, recordando que o último grande shutdown (2018–2019) provocou filas gigantes em aeroportos e perdas económicas de 3 mil milhões de dólares.

Embora serviços básicos como correios, aposentadorias e programas de saúde se mantenham, instituições como o Pentágono, tribunais e Receita Federal terão operações limitadas.

A paralisação coincide com a disputa política entre democratas, que exigem a prorrogação de programas de saúde, e republicanos, alinhados com Donald Trump, que rejeitam misturar orçamento e assistência médica.

Com eleições legislativas à vista, o impasse ameaça prolongar-se, atrasando a divulgação de dados económicos, restringindo o acesso a crédito para pequenas empresas e fragilizando a imagem dos EUA perante aliados internacionais.