O “Manifesto dos 50 + 50” considera que a “divulgação das escutas" entre João Galamba e António Costa na CNN “é mais uma violação do Estado de Direito” com “envolvimento e participação de responsáveis dos setores da justiça e da comunicação social, que deviam estar na primeira linha da sua defesa”
Em comunicado de hoje terça-feira, 19.06, às redações, o movimento que inclui personalidades como Rui Rio, Proença de Carvalho ou Miguel Sousa Tavares, exige à procuradora-geral da República sobre esta fuga de informação, mas também que os partidos políticos se manifestem sobre o caso.
É tempo de tornar claro que basta de pseudo fugas ( já sao demais e a exigir prisões, julgamentos e condenações) como esta da CNN divulgar uma conversa entre o ex-primeiro-ministro e o antigo responsável pela pasta das Infraestruturas em que os dois governantes decidem que a CEO Christine Ourmières-Widener terá de ser despedida por ter autorizado o pagamento de uma indemnização de meio milhão de euros a Alexandra Reis.
Para os subscritores do manifesto, “o Estado não usa meios extremos de intrusão na privacidade a que todos os cidadãos têm direito para fins políticos ou para além do que está determinado na lei”.
Enfim, "As escutas telefónicas têm limites bastante estritos e o escrutínio político está muitíssimo para lá deles."
Além disso, "não é apenas a divulgação mediática de escutas desenquadradas de qualquer processo criminal em curso que está em causa; é a transcrição anterior dessas escutas. É a decisão anterior de considerar que tais conversas têm relevância criminal para um processo-crime em curso".
O manifesto de cinquenta nomes já tinha feito um abaixo assinado em que criticava a atuação do MP, o alegado uso excessivo de escutas nas investigações e apelava a um maior controlo do MP pela Assembleia da República.
Mas lembremos à sra PGR alguns casos de Pessoas de Bem que assumem a responsabilidade de atos sob a sua responsabilidade!
Desabamento da Ponte, que ligava Entre-os-Rios a Castelo de Paiva, provoca a demissão de Jorge Coelho do cargo de Ministro de Estado e Equipamento Social. (RTP)
Às 1:18 chegava às redações uma nota do Ministério da Saúde a informar que “a ministra da Saúde apresentou a demissão ao primeiro-ministro por entender que deixou de ter condições para se manter no cargo”.
Cerca de cinco horas antes, à hora de jantar, era notícia a morte de uma grávida de 30 semanas que foi às urgências do hospital Santa Maria apresentando dificuldade respiratória e tensão alta, mas após melhoria foi transportada para o hospital S. Francisco Xavier. ( Expresso )
Pedro Nuno Santos chuta culpa material para secretário de Estado e demite-se assumindo “responsabilidade política”.
( Expresso )
Eduardo Cabrita convocou uma conferência de imprensa para fazer um balanço do mandato e anunciar a demissão do cargo de ministro da Administração Interna ( hoje este cidadão nem vai a julgamento)
Joffre Justino