A polémica teve início no dia 5 de fevereiro, quando foi noticiado que as doentes com endometriose teriam acesso a medicamentos comparticipados. No entanto, a realidade é bem diferente. Apesar da comparticipação oficial, as doentes não observaram uma redução significativa no custo final do medicamento, uma vez que o preço base do mesmo foi aumentado.
A associação recorda que, durante a discussão do Orçamento do Estado para 2025, a secretária de Estado Ana Povo anunciou a introdução de uma comparticipação de 69% para os medicamentos relacionados com patologias associadas à fertilidade, como a endometriose. Esta medida deveria ter entrado em vigor no dia 1 de janeiro deste ano. No entanto, o Infarmed esclareceu que a efetivação desta comparticipação depende de pedidos submetidos pelas farmacêuticas, o que até agora não se concretizou.
Susana Fonseca, presidente da MulherEndo, sublinha o descontentamento da associação e das doentes com a falta de medidas eficazes. “Foram feitas promessas que não estão a ser cumpridas, e as pacientes continuam a enfrentar grandes desafios no acesso a medicamentos acessíveis”, lamentou.
A MulherEndo apela a uma comunicação rigorosa e a uma reposição da verdade, para que as doentes com endometriose possam tomar decisões informadas sobre o seu tratamento. A associação continuará a pressionar as entidades competentes para que sejam implementadas as medidas anunciadas, garantindo que as pacientes recebam o apoio necessário.
Para mais informações, a MulherEndo disponibiliza os seguintes contactos:
A endometriose afeta milhares de mulheres em Portugal, e a luta pelo acesso a tratamentos adequados é essencial.
Nota do editor
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