Carlos Moedas lembrou ter sido “o primeiro a abrir imediatamente uma investigação externa e essa investigação está a decorrer”.

“Os dados que me apresentam, os dados novos que ficamos a saber, têm a ver com uma mudança de um cabo há seis anos e, portanto, isso mostra a importância da investigação”, frisou.

O Expresso noticia esta sexta-feira que “a escolha de um cabo com ‘núcleo de corda de plástico’ [está] na origem do acidente” com o Elevador da Glória.

Adianta o jornal que “o recurso a cabo com núcleo em fibra [é] apontado como causa por especialistas do IST [Instituto Superior Técnico]. Óleo na calha por ter comprometido travões”.

Já o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), na Nota Informativa que divulgou no passado sábado, revelou que o cabo que unia as duas cabinas do elevador da Glória “cedeu no seu ponto de fixação” da carruagem que descarrilou.

“Do estudo feito aos destroços no local, foi de imediato constatado que o cabo que unia as duas cabinas cedeu no seu ponto de fixação dentro do trambolho [peça de encaixe] superior da cabina n.º 1 (aquela que iniciou a viagem no cimo da Calçada da Glória)”, refere a Nota Informativa (NI) deste organismo, publicada a 06 de setembro.

Segundo a investigação, “o restante cabo” e todo o sistema, como “o volante de inversão e as polias onde este desenvolve o seu trajeto, encontravam-se lubrificadas e sem anomalias aparentes”, acrescentando que “o cabo no trambolho superior da cabina n.º 2 [que estava junto à Praça dos Restauradores] encontrava-se também sem anomalias aparentes”.

Ainda segundo a NI do GPIAAF, o plano de manutenção do elevador da Glória, em Lisboa, “estava em dia” e na manhã do acidente foi feita uma inspeção visual programada, que não detetou qualquer anomalia no cabo ou nos sistemas de travagem das duas carruagens.