CDU/CSU (Direita e Direita Conservadora)
208 mandatos
Friedrich Merz
14.158.432 votos (28,52%)
Perdeu 4,38% dos votos em relação a 2021 (32,9% e 246 deputados)
AfD (Extrema-Direita/Fascistas)
152 mandatos
Alice Weidel
10.327.148 votos (20,8%)
Cresceu 8,2% dos votos comparado a 2021 (12,6% e 94 deputados)
SPD (Social-Democratas Pró-Guerra)
120 mandatos
Olaf Scholz
8.148.284 votos (16,41%)
Perdeu significativamente em relação a 2021 (25,7% e 206 deputados)
Verdes (Esquerda Ecologista Pró-Guerra)
85 mandatos
Robert Habeck
5.761.476 votos (11,61%)
Cresceu em relação a 2021 (8,9% e 67 deputados)
Die Linke (Esquerda Antiguerra)
64 mandatos
Heidi Reichinnek, Jan van Aken
4.355.382 votos (8,77%)
Perdeu mais de 1% dos votos
South Schleswig Voters' Association (Esquerda Regionalista)
1 mandato
Stefan Seidler
76.126 votos (0,15%)
Sahra Wagenknecht (Esquerda Antiguerra)
0 mandatos
Sahra Wagenknecht
2.468.670 votos (4,97%)
FDP (Liberais Pró-Guerra)
0 mandatos
Christian Lindner
2.148.878 votos (4,33%)
Outros Partidos
0 mandatos
2.197.691 votos (4,44%)
O resultado das eleições evidencia uma forte rejeição às esquerdas pró-guerra, como o SPD e os Verdes, que sofreram perdas significativas ou, no caso dos Verdes, avançaram modestamente. O SPD, partido do chanceler Olaf Scholz, foi um dos maiores derrotados, caindo de 206 deputados em 2021 para apenas 120 em 2025, perdendo mais de 9% da intenção de votos.
A divisão das esquerdas antiguerra também foi evidente. O partido Die Linke, que se posiciona contra o apoio militar alemão à guerra, perdeu votos, ficando com 8,77%. O movimento liderado por Sahra Wagenknecht, também pacifista, alcançou 4,97% dos votos, mas não conseguiu conquistar mandatos, demonstrando a fragmentação desse eleitorado.
Por outro lado, o crescimento da AfD, partido de extrema-direita, que saltou de 94 para 152 deputados, reflete um descontentamento generalizado com a classe política tradicional, principalmente em relação às políticas governamentais relacionadas à guerra.
A divisão da esquerda pacifista e a ascensão da extrema-direita consolidam um cenário político onde a política externa da Alemanha dificilmente mudará no curto prazo. Com apenas 13,74% dos votos direcionados a partidos claramente antiguerra, a possibilidade de uma inversão na postura belicista do governo alemão é remota.
Este resultado também tem repercussões na União Europeia, onde a maioria das elites políticas continuará a sustentar a estratégia de envolvimento indireto em conflitos, sem grandes oposições significativas. A Alemanha, como um dos principais motores económicos e políticos da UE, manterá o alinhamento com as políticas de defesa e segurança da aliança ocidental.
As eleições alemãs de 2025 demonstraram um descontentamento crescente com as políticas pró-guerra, mas a falta de união entre as esquerdas pacifistas impediu uma mudança significativa na orientação do governo. Enquanto a CDU/CSU e a AfD consolidam suas posições, os social-democratas e os verdes enfrentam desafios internos e uma perda de confiança do eleitorado. Com um parlamento polarizado e uma agenda política dominada pelo contexto geopolítico, a Alemanha caminha para mais um período de incertezas, mantendo sua posição como um dos pilares da União Europeia no atual cenário global.