E o sr ventura como reagir quando até diz,"hoje ficou bem claro que o primeiro-ministro não quis desmentir que esta reunião tivesse existido", a famosa reunião a 15 de julho.
"Esta reunião aconteceu na casa do primeiro-ministro, por causa do Orçamento do Estado, aconteceu para um acordo do Orçamento do Estado", insistiu em entrevista ao canal News Now.
Será que é por saber que foi longe de mais que o primeiro-ministro nao consegue ir além de, "Mais nada a acrescentar"
E o sr ventura até diz mais: "Tenho forma de provar. Depois de ter sido ele a começar esta novela de desconsideração, estou a dar ao primeiro-ministro a hipótese de confirmar isto. Tenho forma de demonstrar que houve uma reunião nesse dia. E tenho forma de demonstrar quem é que me convocou para ela e quem é que me pediu para lá ir".
"Do chefe de gabinete a todas as forças de segurança que estão na residência de São Bento e aos funcionários, é de uma imprudência estar a negar esta reunião. Só mostra o amadorismo que Luís Montenegro tem nesta matéria"!
Entretanto no encontro apenas esteve ele próprio e Montenegro,
"Na sexta-feira anterior, o chefe de gabinete do primeiro-ministro, contactou-me para falar precisamente com o primeiro-ministro", datando a marcação do encontro que diz ter acontecido.
Referindo-se à "novela", como lhe chamou, Ventura questionou: "Porque é que o primeiro-ministro não diz só isto: 'Eu encontrei-me com o Chega, entendi que devia fazer um acordo com o Chega", e diz mais o sr ventura, "Enquanto andava a dizer que o PS não era de confiança, que com o PS não queríamos nada, que Pedro Nuno Santos é infantil e que não serve. Mas, ao mesmo tempo, tentei que o Chega me viabilizasse o Orçamento com um acordo pontual".
E continua o sr ventura, "Se o primeiro-ministro me vier desmentir, que me venha desmentir. Que diga que é tudo falso. Eu não sonho com acordos de Orçamento do Estado".
Sobre o dia em que divulgará as provas de que a reunião aconteceu, Ventura foi vago.
O sr Ventura disse ainda que o Executivo deveria ter divulgado em prol da "transparência" que esta reunião aconteceu, já na altura, mas referiu que lhe foi pedido segredo. "Entendi que, a pedido do Governo, ela se devia manter secreta. Eu alinhei nesse argumento".
Na entrevista, segundo o st Ventura ouviu o primeiro-ministro tecer estes comentários sobre o Partido Socialista e o seu secretário-geral: "Que no PS não se pode confiar, que Pedro Nuno Santos não é de confiança e que é à Direita que tem de se construir este acordo. Eu acreditei nisto. Segui a lógica de que estávamos a construir".
"Luís Montenegro disse-me que queria um acordo para este ano, um acordo que englobasse uma aprovação do Orçamento e que, pouco a pouco, se fosse tornando num acordo do governação. Sem data, sem ponto, sem clareza. A ideia era que o Chega integrasse o Governo no início ou durante o próximo ano. Com uma reestruturação do Governo", ou seja, cargos ministeriais.
O sr ventura no entanto, lembra que houve duas razões que fizeram com que este acordo não fosse fechado.
"Primeiro, sempre defendemos um acordo para quatro anos de legislatura e não de remendo, de um ano. Segundo, porque nunca aceitaríamos um acordo que ficasse escondido dos portugueses até janeiro, fevereiro ou março e o eleitorado se questionasse por que razão estava o Chega a viabilizar o OE com um voto a favor", disse.
Mais ainda e sobre os 'ajustes' em relação ao Orçamento.
Em relação à imigração e ao referendo que o Chega queria fazer, Ventura disse que o primeiro-ministro "não ia aceitar" qualquer cedência.
Quanto aos incêndios, por exemplo, o chefe de Governo e Chega também discordariam.
"Eu vou dizê-lo com todas as palavras. A proposta do primeiro-ministro era um acordo para este ano do Orçamento e um acordo de Governo que viesse a ser feito em janeiro ou fevereiro", afirmou
Ventura garantiu ainda que foi "a casa do primeiro-ministro", São Bento, cinco vezes: "O que é eu estaria lá a fazer às 10h da manhã? Estaríamos a ver futebol? A ver o tempo?"
Segundo Ventura, na primeira das cinco reuniões ficou "claro" que o Chega só aceitaria um acordo a quatro anos.
A alegada negociação terá começado entre maio e setembro, com a última reunião a ser a 23 de setembro.
E mais, "o primeiro contacto foi do primeiro-ministro". "Entre maio e setembro houve diversas reuniões e contactos entre mim e o primeiro-ministro", afirmou.
“Aceitou que o Chega fosse para o Governo. Nós não aceitamos porque só aceitávamos uma coisa de legislatura, não de remendos”
"Não sei se Montenegro disse aos seus ministros o que se estava a passar ou que negociações estava a fazer", "O primeiro-ministro de Portugal propôs-me um acordo para este ano, o primeiro-ministro de Portugal encontrou-se cinco vezes comigo. Aceitou que o Chega fosse para o Governo. Nós não aceitamos porque só aceitávamos uma coisa de legislatura, não de remendos".
Sobre o PR Marcelo Rebelo de Sousa, André Ventura referiu que - contrariamente ao Governo -, o Presidente "não veio a público ofender, desprezar e humilhar o Chega".
"As conversas que tenho com ou sobre o Presidente da República ficam na minha perspetiva. Não vou envolver o Presidente da República. Não vou metê-lo na discussão quando ele não veio falar sobre isto".
Daí as convicções presidencial sidonistas sobre a aprovação do OE25?
Ventura não se deixa "condicionar" pelos "poderes do Estado" diz ele e, sem dar grandes pormenores, referiu que ameaças lhe chegaram "porque, infelizmente, o país todo tem" o seu contacto.
"São as forças habituais do regime. Toda a gente sabe quais são as forças habituais do regime e o centro de interesses em que se movem, sobretudo entre o PSD e PS. Houve várias ameaças e insinuações", garantiu.
E assim se vê como um PR das direitas entalado fica a ver o rio correr entre as margens cada vez mais apertadas sem sequer procurar fazer uma emenda a essas margens …
Primeiro o filho, agora o PM para que serviu o golpe de estado de secretaria… não seria melhor a demissão?